Tava bom, mas parece que melhorou: 11 substituições de músicos que os fãs amaram

Alinhar gostos e objetivos musicais, estabilizar formação e lograr êxito comercial são, essencialmente, os maiores desafios para quem queira se aventurar na seara musical. No campo do rock e metal, o negócio ganha doses e mais doses de complexidade e contratempos, pois são estilos musicais que correm por fora da grande mídia e do gosto popular.

Mesmo assim, o som pesado segue firme e forte e fazendo a alegria de milhões de fãs ao redor do planeta, no entanto, pelo caminho, há eventualmente algumas avarias e panes como saída de integrante que julga mais interessante e proveitoso seguir carreira de forma solo e independente dos antigos companheiros, além disso, tem o coleguinha que pisa na bola feio; seja por questões financeiras, egocentrismo, vaidade e, até mesmo, por talaricagem, com isso, a saída é compulsória e a relação entre as partes fica mais azeda que limão.

Contudo, mesmo com a saída ou expulsão de um membro de importância capital, muitas bandas conseguiram atingir sucesso e exaltação de forma ainda mais expressiva que outrora. Os motivos para uma desenvoltura tão positiva variam de caso a caso, as razões, entretanto, caminham, na maioria das vezes, pelo carisma, maior capacidade técnica, habilidade ímpar em compor grandes canções, desprendimento e desapego do eu em favor do todo e erradicação de sentimentos corrosivos como presunção, prepotência e egoísmo.

Dito isso, vamos relembrar 12 bandas que tiveram que lidar com a saída de um integrante fundamental, mas que conseguiram encontrar a pessoa certa para o trabalho e os fãs amaram.

Adrian Smith – Iron Maiden 

Amigo pessoal de Dave Murray, Adrian foi convidado para integrar o Iron Maiden algumas vezes, porém, a parceria com o grupo só aconteceu no começo da década de 1980, quando o líder e baixista da banda, Steve Harris, se cansou de conviver com Dennis Stratton e suas influências fora do campo heavy metal. Com a demissão de Stratton, Smith foi imediatamente incorporado ao Maiden e o resto é história.

Brian Johnson – AC/DC

Imagina a responsabilidade, pânico e pressão de ter que substituir um vocalista do quilate de Bon Scott! Depois da fatídica morte de Bon, os irmãos Young só tinham duas alternativas: encerrar o grupo ou tentar seguir com outro frontman.

Brian Johnson foi o nome escolhido para se firmar como no porta-voz do AC/DC, e o primeiro disco da banda com Johnson foi Back in Black; trabalho que já vendeu mais de 50 milhões de cópias, segundo álbum mais vendido de todos os tempos. Brian garantiu a sobrevivência do grupo, bem como seu maior sucesso comercial.

Andi Deris – Helloween 

No começo dos anos 90, o Helloween estava visivelmente abatido e fatigado pelas desavenças entre os músicos e pela rígida agenda de show imposta, por exemplo, pelos seminais Keeper 1 e Keeper 2. O colapso era iminente e aconteceu com a saída do vocalista Michael Kiske.

A pedra de salvação acabou chegando com a entrada de Andi Deris e suas cavalares doses de energia e carisma. A poderosa trinca formada por Master of the Rings (1994), The Time of the Oath (1996) e Better Than Raw (1998) provaram o quanto o Helloween tinha lenha para queimar e se firmar, mais uma vez, como uma das principais forças do metal mundial.

Zakk Wylde – Ozzy Osbourne 

A tarefa era a seguinte: Sentar no trono uma vez ocupado por Randy Rhoads e Jake E. Lee, e obviamente dar conta do recado. O adolescente Zakk Wylde não se intimidou, encarou o desafio de frente e elevou a novos patamares a carreira solo do Príncipe das Trevas. No Rest for the Wicked (1988) fora uma espécie de esquenta para a obra-prima que viria a seguir, que foi o multiplatinado No More Tears, de 1991. A dupla Wylde e Osbourne pode, de certa forma, ganhar a mesma importância de Keith Richards e Mick Jagger (The Rolling Stones) ou Pete Townshend e Roger Daltrey (The Who).

David Gilmour – Pink Floyd

O icônico Pink Floyd foi fundado pelos amigos Syd Barrett (guitarra, vocal), Nick Mason (bateria), Roger Waters (baixo, voz) e Richard Wright (teclado); formação que deu vida ao álbum de estreia de sucesso, The Piper at the Gates of Dawn, lançado em 1967. O comportamento errático e autodestrutivo de Barrett, aliado a episódios de colapso mental, deixaram o convívio entre os músicos frágil e vulnerável.

Gilmour foi integrado ao grupo para cobrir as falhas e tropeços de Syd, porém, a relação com Barrett estava impossível e fadada ao fim. Basicamente, David chamou a responsabilidade para si e assumiu todo o trabalho das seis cordas e os vocais. Obras como The Dark Side of the Moon (1973), Wish You Were Here (1975), Animals (1977) e The Wall (1979) provam o quão acertada fora a decisão de colocar Gilmour como uma das mentes criativas do Pink Floyd.

Angela Gossow – Arch Enemy

Com o vocalista Johan Liiva, o Arch Enemy era apenas mais uma banda death metal vinda das terras geladas da Suécia. Os ares mudaram em 2000, com a entrada da cantora alemã Angela Gossow. Profissional de mais capacidade técnica e brutalidade de que seu antecessor, Angela foi o sopro que conduziu a carreira do Arch Enemy a uma bem-vinda navegação em águas profundas, onde só os maiorais da música navegam.

Erik Grönwall – Skid Row

Como diz o ditado popular: Antes tarde do que nunca! O Skid Row demorou mais de duas décadas para encontrar um substituto à altura de Sebastian Bach, e o responsável por tal façanha e por toda bonança vívida pelo grupo atualmente atende pelo nome de Erik Grönwall.

O molecote chegou entregando altas doses de energia e vigor em estúdio e ao vivo. O mais novo álbum da banda, The Gang’s All Here, lançado no ano passado, é para ser saboreado sem moderação, e um dos motivos é o incrível trabalho de Grönwall.

Nita Strauss – Alice Cooper

O mestre do shock rock coleciona mais acertos do que desatinos em sua longuíssima carreira. Um dos muitos acertos foi trazer a virtuosa guitarrista Nita Strauss para sua banda. Strauss, que chegou com a intrincada missão de substituir a habilidosa Orianthi, apresentou provas substanciais de que seu playing e postura de palco são essenciais aos shows da tia Alice.

Mike Patton – Faith No More

Alinhamento de astros é uma forma bem validada de perceber a entrada de Patton no Faith No More, no final da década de 1980. A banda alcançou bons resultados com Chuck Mosley, contudo, problemas com álcool e a instabilidade de qualidade nas performances fizeram o cantor passar no RH e assinar a rescisão. Mike elevou o alcance comercial do FNM com sua singular voz, carisma e muita, muita loucura. O mundo do rock e metal nunca mais foi o mesmo desde a chegada de Patton.

Richie Faulkner – Judas Priest

Desde a volta de Halford, em 2003, o Priest vinha conduzindo sua carreira no modo piloto automático; numa desagradável zona de conforto. No começo da década de 2010, K.K. Downing estava tão insatisfeito com os rumos tomados pelo grupo que resolveu sair de cena.

Halford e companhia, no entanto, decidiram seguir carreira e recrutaram o jovem Richie Faulkner, que trouxe impressionante vitalidade à banda. Em estúdio, a retomada aconteceu em Redeemer of Souls, 2014, e a consagração da nova formação foi com Firepower, de 2018. Ao vivo, o vigor e técnica Richie impressionam e evidenciam sua relevante posição no Judas.

Mikkey Dee – Scorpions

Ao longo de sua carreira, a banda alemã precisou lidar com uma alta rotatividade no cargo de baterista. O entra e sai no setor percussivo cessou em 1996, com a entrada de James Kottak. O período de tranquilidade e estabilidade foi até 2016, quando os problemas com álcool e drogas de Kottak tomaram proporções gigantescas e colocaram em risco a agenda do Scorpions.

A solução foi mexer no time e trazer para equipe um reforço de peso, que fora o incrível Mikkey Dee (ex-Motörhead). Atualmente, o Scorpions voa alto e um dos motivos é a presença de Mikkey Dee.

1 comentário em “Tava bom, mas parece que melhorou: 11 substituições de músicos que os fãs amaram”

  1. Esse tema tem muitos exemplos…não sei se já fez outras listas sobre, mas….tem Kirk Hammett, e ninguém menos que Bruce Dickinson…….mas suas escolhas foram bem massas….algumas a gente até esquece . Kkkkkk

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