Rockin’ in the free world: 7 bandas de rock com nomes de cidades, estados e continentes

Batizar uma banda é uma das primeiras tarefas para quem deseja se aventurar no universo musical, visto que é um código formal para mostrar ao mercado sua identidade e eventualmente facilitar a propagação da marca e música aos quatro cantos do globo.

Porém, por mais que seja o bê-a-bá do setor fonográfico, a tarefa não é das mais simples, pois demanda um bocado de criatividade, trabalho e, até mesmo, sorte. Pode soar estranho a palavrinha sorte pipocar neste contexto, mas, por mais tolo que possa soar, ela toma um papel importante, pois não é raro criar e ou escolher um nome e, na hora dos trâmites legais e registro de marca, o bendito já está sob a tutela de outro grupo e ou empresário.

É no mínimo um balde de água fria, porque todo o processo criativo tende a voltar à estaca zero e as dores de cabeça, vez ou outra, são as companhias em tais momentos. Todavia, tiveram músicos que encontraram a solução para tal questão da forma mais simples possível: Nomear o grupo com o nome de uma cidade, estado e, inclusive, continente.

Como diriam os antigos: A genialidade está na simplicidade, e fora embalada na ideia de clareza e espontaneidade que muitas bandas foram batizadas e conseguiram popularizar seus nomes e marcas na história da música.

Dessa forma, vamos recordar alguns conjuntos que foram intitulados com nomes de cidades, estados e continentes que marcaram de forma permanente os anais do rock n’ roll. Vale ressaltar que os nomes que dão as caras nesta lista são para que você se recorde daqueles que não estão.

Kansas 

O septeto foi formado no começo da década de 1970, em Topeka, capital do estado norte-americano do Kansas. O sofisticado AOR da banda só emplacou no gosto do público a partir do quarto trabalho de estúdio, Leftoverture, de 1976. O disco é recheado por clássicos do quilate de Carry on Wayward Son, Cheyenne Anthem e The Wall.

A consagração comercial, no entanto, chegou com força total no álbum seguinte, Point of Know Return, que traz o hit Dust in the Wind. Neste ponto da carreira, o Kansas lotava arenas na costa leste e oeste dos Estados Unidos, vendia alguns milhões de discos e, claro, marcava seu nome na história do rock.

Boston

Vinda da capital e maior cidade do estado norte-americano de Massachusetts, a banda surgiu em meados dos anos 1970, com a proposta de mesclar hard rock e progressivo. A alquimia musical dos músicos fora para lá de bem-sucedida e os frutos já puderam ser colhidos com o lançamento do primeiro e autointitulado álbum.

Sons como More Than a Feeling, Peace of Mind e Foreplay/Long Time trataram de colocar Tom Scholz e companhia na rota do sucesso; Don’t Look Back veio com pompa e manteve o sucesso do quinteto.

Apesar do êxito comercial, as brigas internas tomaram posição de protagonismo e a periodicidade de trabalhos de estúdio fora abalada. Com quase 50 anos de vida, o Boston ostenta apenas seis discos de estúdio.

Chicago 

O soft rock jamais estamparia tamanha elegância sem a presença do Chicago! Música para o vovô que curte a JB FM? Só na cabeça de quem quer restringir o próprio campo musical! A trupe veio da cidade dos ventos e deu o pontapé na seara musical na segunda metade da década de 1960.

O trio possui uma carreira prolífica que já passou da marca dos vinte trabalhos de estúdio. Quer mais números? Sem problemas, já que a banda levou para casa cinco estatuetas de Grammy e foi indicada ao prêmio em outras catorze oportunidades. O Chicago bateu a marca de 100 milhões de álbuns vendidos em todo mundo. Então, quando o vovô colocar o grupo para tocar, seja esperto e curta o som com quem sabe das coisas.

Nazareth 

A maior cidade de Israel também tem espaço no rock e fora homenageada pelo quarteto escocês liderado pelo saudoso vocalista Dan McCafferty. No currículo, a turma, que começou a carreira no finalzinho dos anos 60, tem no currículo sons como Love Hurts, Hair of the Dog, Razamanaz, Holy Roller, Shanghai’d in Shanghai, entre outros.

Com a morte de McCafferty em novembro de 2022, o Nazareth segue carreira com o baixista Pete Agnew como o único representante da formação original. O disco mais recente do grupo é Surviving the Law e saiu no ano passado pela Frontiers.

Asia

O supergrupo foi formado no começo dos anos 1980 por dissidentes do Yes, King Crimson, Emerson, Lake & Palmer e The Buggles. A proposta musical era passear pelas estradas doces do AOR, com isso deram vida aos hits radiofônicos como Heat Of the Moment, Only Time Will Tell, Wildest Dreams, Sole Survivor e Time Again.

Apesar dos feitos comerciais, a formação clássica do Asia durou pouco e o entra e sai de integrantes se tornou a norma vigente ao longo dos anos. O mais recente trabalho de estúdio é Gravitas, lançado em 2014.

Europe

Outra galera que quis abraçar um continente inteirinho foi Joey Tempest e Cia! Os primeiros passos foram dados em 1979, mas os show somente começaram a lotar a partir do terceiro full length, o multiplatinado The Final Countdown, que vislumbrou a luz do Sol em 1986 e veio recheado por faixas como The Final Countdown, Rock The Night, Carrie e Cherokee. De lá para cá, o Europe expandiu seu hard rock para outras jurisdições musicais como blues e metal, e ainda mantém lugar cativo no coração do público.

America 

O soft rock regado a generosas pitadas de folk do America ganhou forma a partir de 1970, com o trio Dewey Bunnell (vocal e teclado), Dewey Bunnell (guitarra e vocal) e Dan Peek (guitarra e vocal). O debute autointitulado chegou com tudo nas rádios e paradas de sucesso, faturando a concorrida primeira posição da Billboard com a canção A Horse with No Name.

Embalado pelo melodioso hit, o grupo ainda levou para casa o Grammy de artista do ano e deu um boom nas vendas de disco que passou da marca de dez milhões de cópias apenas nos Estados Unidos. Ao longos dos anos, o America fora uma banda bastante ativa em estúdio, colocando na praça mais de quinze álbuns de estúdio. O mais recente é Lost & Found, lançado em 2015.

Deixe um comentário (mensagens ofensivas não serão aprovadas)