Relembre 10 grandes álbuns de rock e metal lançados nos anos 1990

A década de 1980 foi espetacular para o rock e metal, com incríveis bandas ganhando o mercado e expandindo a jurisdição da música pesada. A efervescência da cena musical era imensa, o hedonismo era a conduta que imperava no dia a dia das bandas e na indústria musical e os abusos de drogas, álcool e de mil e uma outras substâncias custaram caro a inúmeros artísticas. Então, um movimento natural a um viés mais simples e uma acalmada no “life style” Sodoma e Gomorra ganhou força no começo dos anos 90.

Na esteira das mudanças comportamentais, culturais e sociais, o rock e metal perderam espaço na indústria fonográfica. E é sabido que na área musical não existe lacuna; não há espaço não ocupado. Com isso, saindo dos becos frios de Seatle, o grunge tomou de assalto o posto de protagonista, pelo menos no mainstream, da música pesada.

No entanto, o rock e metal se mantiveram firmes e resistentes no underground, sem as falsas adulações da mídia hegemônica e sem, obviamente, os milhões dólares que permeavam os contratos e cachês. Além disso, se fez valer da máxima: Se faltar dinheiro, tem que sobrar criatividade, então, com o foco nos pormenores essenciais que são os musicais, as bandas e artistas cunharam obras originais e extremamente caprichadas.

E é importante frisar que não era um ou dois álbuns saindo do forno; eram lotes e lotes de obras substancialmente edificadas nos predicados citados anteriormente. Diante disso, vamos relembrar 10 grandes álbuns de rock e metal lançados nos anos 1990.

1. Roots – Sepultura (1996)

O thrash e death metal praticado no começo de carreira já não atendia as ambições musicais do grupo brasileiro. Desde Arise (1991) e Chaos A.D. (1993), as fronteiras do som praticado por Max Cavalera (vocal e guitarra), Iggor Cavalera (bateria), Andreas Kisser (guitarra) e Paulo Xisto Jr. (baixo) já estavam expandindo, contudo, o auge fora com Roots, pois trazia o saboroso flerte com a música Made in Brasil, o que fora a consagração do Sepultura como um dos maiores nomes do metal mundial.

2. Angel Dust – Faith No More (1992)

Diretamente influenciado pelas bases, versos e rimas do rap e hip hop e pelo peso das guitarras e bateria do metal, o Faith No More ganhou o gosto da garotada embalado por sons como Epic, Midlife Crisis, A Small Victory e pelo cover de Easy, do Commodores. A MTV fora obrigada a engolir seco e dar espaço a Mike Patton e seus comparsas, pois era impossível deter o sucesso do FNM.

3. Empire – Queensryche (1990)

Embalado pelo sucesso da obra prima Operation: Mindcrime, a banda foi esperta o suficiente para se dar conta do momento único e assertivo em que estava vivendo, por isso deveria se livrar de quaisquer amarras ou aversões musicais que eventualmente poderiam lhe rondar e com isso dar um longo salto ao próximo nível, o que requeria uma obra musical mais palatável. Foi o que aconteceu em Empire, pois conta com uma das baladas mais emotivas da música contemporânea, Silent Lucidity. Golaço do Queensrÿche!

4. Sehnsucht – Rammstein (1997)

Os ingredientes são os seguintes: Duas doses de Kraftwerk, três de heavy metal e uma de deboche. Mistura tudo, salpica com a língua alemã e está pronto para ser uma das maiores bandas do planeta. Sehnsucht foi o carimbo de Till Lindemann e companhia aos píncaros da glória.

5. Hellbilly Deluxe – Rob Zombie (1998)

Se filmes de terror, de preferência os que fincam a bandeira no lado b da sétima arte, são bacanas de assistir e nos rendem bons minutos de diversão, então, curtir um som que pode servir de trilhas sonoras e ou apêndices musicais para longas do tal gênero é no mínimo divertido e prazeroso! É claro que é uma visão simplista e tola de perceber a criativa música de Mr. Zombie, mas serve para delinear o teor musical de sua carreira. Hellbilly Deluxe é a trilha sonora perfeita para curtir o eminente apocalipse mundial, pois conta com músicas do quilate de Superbeast, Dragula e Living Dead Girl.

6. Bloody Kisses – Type O Negative (1993)

Deboche, cinismo e genialidade musical, essa é a epítome de toda a carreira do Type O Negative! E um dos pontos altos de tal carreira fora no terceiro full length Bloody Kisses, pois veio coalhado da mais pura e deliciosa alquimia musical, com temperos do gótico e metal coexistindo de forma majestosa.

7. Countdown to Exctinction – Megadeth (1992)

A dor de cotovelo que Dave Mustaine sentiu por ter sido chutado do Metallica sempre funcionou como um agente motivador em determinados momentos; e como algoz em outras ocasiões. Sim, é ambíguo e vago, mas estamos falando do líder do Megadeth, então tudo é milimetricamente variável e inconstante.

Contudo, no começo dos anos 90, com clara raiva do sucesso comercial do Metallica, Mustaine se sentiu na obrigação de trazer à tona uma obra musical que captasse atenção do público e pudesse fazer frente ao trabalhos dos ex-besties. O resultado foi Countdown to Exctinction, que vem embalado por porradas sonoras como Skin O’ My Teeth, High Speed Dirt, Symphony of Destruction e Sweating Bullets.

8. Images and Words – Dream Theater (1992)

O lema das gravadoras era diluir a complexidade musical a zero e ressuscitar o famigerado bordão punk de fazer música com três acordes. O Dream Theater, no entanto, partiu para o caminho inverso e tratou de edificar um álbum complexo e variado. Há espaço para inúmeras nuances musicais, baladas e temas mais vigorosos; só não tem espaço para os três acordes à la punk rock.

9. Vulgar Display of Power – Pantera (1992)

Em Cowboys in Hell, o Pantera derrubou a porta com os dois pés; com Vulgar Display of Power se certificou de estraçalhar tudo que ousasse atravessar seu caminho. A selvageria no disco fora garantida por temas como A New Level, Mouth for War e Walk. Depois do lançamento de VDOP, o mundo da música pesada nunca mais foi o mesmo e toda uma nova geração de bandas bebeu na fonte Pantera.

10. No More Tears – Ozzy Osbourne (1991)

O Príncipe das Trevas estava com todo gás e pronto para lançar um de seus melhores trabalhos! Apesar das inúmeras idas e vindas a centros de reabilitação, Ozzy conseguiu dar uma recauchutada na saúde e calou os críticos que o taxavam como um caso perdido com No More Tears. Além disso, o Madman provou sua relevância artística com clássicos atemporais como Sr. Tinkertrain, I Don’t Wanna Change the World, Desire e Mama I’m Coming Home.

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