Paul Gilbert revela 12 guitarristas que ajudaram a moldar seu som

Em entrevista à revista Guitar World, Paul Gilbert (Mr. Big, Racer X) revelou 12 guitarristas que ajudaram a moldar seu som. Do blues ao metal; do classic rock ao hard rock, a lista de Gilbert conta com nomes de peso como Tony Iommi, Eddie Van Halen, Frank Marino e Yngwie Malmsteen. Confira:

1. Jimmy Page – Led Zeppelin

“Quando eu era adolescente, Jimmy Page não era apenas meu herói em termos de som de guitarra, mas em termos de como um guitarrista deveria ser. Eu costumava usar minha Les Paul super baixa, quase caindo nos joelhos. Tudo isso veio tentando copiar Jimmy.

Provavelmente o melhor dia de minha vida associada à guitarra foi quando descobri aquele pequeno lick de Heartbreaker. Para mim, o bending e o vibrato eram como a impressão digital ou como o cartão de visita de ser um guitarrista legal. Se você tivesse aquele vibrato, você tinha tudo, e foi algo que Jimmy plantou em meus ouvidos”.

2. Frank Marino

“A primeira vez que vi Frank Marino foi na transmissão do California Jam II. Ele estava pegando fogo, tocando a um milhão de milhas por hora enquanto fazia um cover de Purple Haze, de Jimi Hendrix. Era como uma versão super pesada, e foi simplesmente incrível. Frank tinha um som de guitarra melodioso.

3. Eddie Van Halen

“Quando Eddie apareceu, era de outro mundo. O som do Van Halen era muito diferente do que acontecia na época; eles se destacavam de todo o resto. Eddie estava no comando total de seu instrumento. Não havia arestas e tudo era tocado com intenção. Seu nível de virtuosismo era como o que você ouviria de um grande violinista ou de um pianista clássico. Ele tinha esse nível de controle em sua guitarra”.

4. Jimi Kidd

“Então, Jimi era meu tio, mas infelizmente não gravava muito. Cresci ouvindo-o porque ele é um membro da família e, naturalmente, ele me influenciou. Ele costumava me enviar fitas cassete gravadas fora da mesa de som.

Quando ele fazia um show, ele mandava o engenheiro de som gravar com uma fita cassete e enviava para mim, e eu as ouvia tanto quanto ouvia Van Halen ou Frank Marino. Então, isso foi uma grande parte do que treinou meu ouvido porque Jimi tinha um ótimo vibrato, fraseado, licks legais e rápidos e um ótimo timbre.

5/6. Pat Travers/Pat Thrall

“Vou espremer dois aqui porque Pat Travers e Pat Thrall foram grandes influências para mim. O álbum Crash and Burn [Pat Travers Band] foi influente para mim em termos de começar a descobrir o que era o blues.

Agora, os álbuns de Travers não são realmente álbuns de blues, eles são mais rock com alguns elementos de funk e fusion, mas sempre haviam elementos de blues. Músicas como Boom Boom (Out Go the Lights) e Snortin’ Whiskey são baseadas em progressões de blues, e eu gostava delas porque eram cheias de energia e tinham algumas partes legais e rápidas.

Eu não tinha sofisticação para descobrir o que era, mas despertou minha curiosidade e abriu as portas para diferentes elementos de expressão. Até hoje, não importa o que eu esteja tocando nesse estilo, estou sempre canalizando Travers e Thrall”.

7. Alex Lifeson

As primeiras coisas do Rush há profundidade e uma espécie de influência do Led Zeppelin que eu gostei muito. Para mim, quando alguém é influenciado por alguém de quem gosto, eu adoro.

Rush foi minha introdução ao rock progressivo, com compassos estranhos, músicas longas e muitas coisas para memorizar para poder tocar junto. Mas foi um desafio divertido tentar tocar essas complicadas músicas que exigiam mais do que algumas lições para serem compreendidas.

Alex era um guitarrista com muitos recursos interessantes, com isso ele me expôs a elementos criativos que eu não conhecia.

8. Yngwie Malmsteen

“A primeira vez que ouvi Yngwie, foi por telefone. Mike Varney, que era o produtor e proprietário da Shrapnel Records, recebeu algumas fitas e me mostrou Yngwie. Eu tinha talvez 16 ou 17 anos e desisti de palhetar rápido. Eu tentei, mas não gostei do jeito que soou quando fiz isso. Eu simplesmente não conseguia acertar o tom e soava como um emaranhado de notas.

Então, foi a primeira vez que me sentei com um metrônomo e pensei: ‘Ok, lá vamos nós; deixe-me dedicar algum tempo a isso’. Depois de uma ou duas semanas, consegui e ajudou no meu playing”.

9. Robin Trower

“Robin Trower é um guitarrista que, sempre que o ouço, quase penso que devo parar de tocar guitarra porque ele está fazendo tudo o que eu quero fazer. Adoro a maneira como ele toca, cria as estruturas da música e seu dinamismo. Ele é capaz fazer coisas emocionais com uma maestria total no vibratos e fraseados.

Ele é como Hendrix, mas um pouco mais refinado. Talvez Trower seja uma espécie de minha segunda geração de Hendrix porque é uma coisa semelhante. Mas ele tem sua própria voz e é um pouco mais focado.

10. B.B. King

“Eu ouvia B.B. King quando era criança porque meu pai tinha os discos, então, plantaram a semente. Ele adiciona um dedo na sexta corda, isso influenciou minha maneira de ver o blues, nos últimos anos. Demorei a dominar a técnica, mas conseguir incorporar a minha forma de tocar.

11. Tony Iommi – Black Sabbath

“Tony foi quem eu consegui entender quando tinha 12 anos. Suas partes eram bastante simples; como um guitarrista de 12 anos, eu pude aprender algumas coisas de ouvido. Percebi isso com músicas como Sweet Leaf. Acho que Tony está vivendo em minhas mãos; ele é o que está criando o poder pelo qual todo o resto está sendo conduzido”.

12. Jimi Hendrix

“Eu tinha muitos discos de Hendrix quando era criança porque meu tio insistia que eu os ouvisse, e e eu gostava deles, mas não os entendia 100% até ver o filme de Jimi Hendrix. Então, vê-lo tocar me emocionou. Ele era simplesmente devastador.

Muito disso tem a ver com a guitarra se tornar uma voz, porque ele estava fazendo uma única nota ser sustentada através distorção, feedback e volume. E ninguém estava fazendo isso na época. Então, ele foi o primeiro cara sustentando uma nota, como um cantor faria. Jimi não foi cuidadoso e nem perfeito, mas estava a serviço da vida, máximo de emoção e máximo de conexão”.

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