Limp Bizkit faz o Lollapalooza Brasil sair do chão com hits dos anos 90 e 2000

Se a sexta-feira, 22, trouxe rodas-punks embaladas por The Offspring e o primeiro show do Blink-182 no país, o segundo dia do Lollapalooza Brasil 2024 manteve a nostalgia como ponto alto revisitando a história e gerando novas memórias.

Uma multidão presente no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, reviveu os anos 1990 e 2000 ao som de bandas que marcaram época e que seguem em evidência, além de nomes que despontam na indústria. Sem dúvida alguma, o ponto alto da noite ficou por conta dos Titãs, em uma despedida que ficará marcada na história cena do rock nacional.

No Palco Budweiser, a banda brasileira InDharma, vencedora do concurso Temos Vagas da 89: A Rádio Rock, abriu os trabalhos. Em entrevista no backstage após o show, o sexteto de raprock com influências musicais de Charlie Brown Jr, Limp Bizkit, Racionais e Emicida disse que foi um sonho realizado e que sempre acompanhou o Lollapalooza de perto.

Já Jessie Reyes trouxe toda sua latinidade com muita conexão com o público ao falar português e vestir a camisa da seleção brasileira. A cantora recebeu seus pais no palco para dançar uma música latina e disse estar muito realizada, o que pode ser perfeitamente percebido pelos fãs, que puderam cantar ao seu lado quando a artista desceu do palco e foi até a grade.

O Thirty Seconds to Mars, comandado por Jared Leto ao lado do irmão Shannon Leto, voltou a lembrar o público brasileiro o quanto ama o país e o nosso açaí. O vocalista e líder da banda, que sempre se destaca por looks ousados e extravagantes, escolheu uma capa prateada e óculos escuros trazendo um ar de super-herói para o espetáculo que contou com diversos momentos de pirotecnia e até balões pretos arremessados para o público.

Ao longo da apresentação, Jared não parou um segundo, correndo para lá e para cá e interagindo o tempo todo com os fãs. E, embora a banda tenha acabado de lançar um novo disco, o It​’​s The End Of The World But It​’​s A Beautiful Day, foram as canções antigas que mais marcaram presença no setlist como This is War, Kings and Queens, The Kill e Closer to the Edge.

No Palco Samsung Galaxy, a diversidade reinou com performances que começaram com o punk rock de Supla, apresentando o recém-lançado disco Supla e os Punks de Boutique, mas sem deixar de fora músicas que o consagraram como Garota de Berlim e Green Hair (Mingau Açucarado).

Pela primeira vez no Brasil, Hozier subiu ao palco para uma performance muito esperada pelos fiéis seguidores. O entardecer combinou perfeitamente com a sonoridade única do cantor irlandês, que mescla folk, blues e soul. Ao tocar o hit Take me to Church, o conjunto fez todos os fãs testemunharem o poder de sua música.

Ícones do nu metal nos anos 2000, o Limp Bizkit tirou todo mundo do chão com irreverência e hits como Break Stuff, Hot Dog, Take a Look Around, Rollin’ (Air Raid Vehicle) e Nookie. O show de Fred Durst, Wes Borland e companhia trouxe muitos mosh pits ao palco Samsung Galaxy.

Pela última vez na turnê, Arnaldo Antunes, Branco Mello, Charles Gavin, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto se reuniram para celebrar os 40 anos de carreira, e o local escolhido foi o Lollapalooza Brasil 2024. A sensação foi agridoce, por se tratar de uma despedida, mas tanto a banda quanto o público presente deram tudo de si em verdadeiros tesouros do rock nacional, como O Pulso, Cabeça Dinossauro, Epitáfio e Sonífera Ilha, música que encerrou a apresentação.

Nesse segundo dia de festival, o objetivo de oferecer pluralidade sonora e performances de tirar o chapéu foi mais do que alcançado. Agora, é só torcer para que o terceiro dia de evento supere o sabadão e feche o rolê com chave de ouro.

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