Watain: The Agony & Ecstasy of Watain apresenta black metal com produção primorosa sem perder a característica do estilo

De tempos em tempos surgem alguns álbuns que ficam marcados na música ou no momento de quem os ouve. Quando se trata de metal extremo, é mais difícil, pois inovar nesses estilos não é nada fácil. Não que o Watain tenha criado um novo modelo musical, mas o álbum lançado em abril mostra um black metal primoroso e extremamente maduro, fazendo com que este que vos escreve se empolgue com um álbum do gênero como não acontecia em muito tempo. Com turnê agendada no Brasil neste ano, um dos grandes expoentes da atualidade no gênero vem afiado com material de primeira.

A faixa de abertura, Ecstasies in Night Infinite, começa devagar. Apenas uma linha de guitarra vai preparando o terreno, aos poucos vem a bateria e baixo acelerando o ritmo e então a magia acontece. Porradaria pura invade os nossos ouvidos e o vocal rasgado de Erik Danielsson rouba a cena. Durante seus exatos quatro minutos a qualidade da produção fica visível. Todos os instrumentos muito bem equalizados e audíveis.

The Howling começa parecida com a anterior, mas bem mais veloz. Apesar do início, a faixa é cadenciada, com quebras nas suas linhas. Por falar em cadenciar, Serimosa é o primeiro descanso aos ouvidos. A tempestade com nome da música descrita em sua letra como violenta e profunda, mas que vem para limpar a terra antes de seu fim.

São quase 50 minutos divididos em 10 faixas, quando chegamos em Lepper’s Grace nem sentimos que já andou metade do disco de tão empolgante que ele vai soando. A instrumental Not Sun nor Man nor God dá um leve descanso para o pescoço e para capacidade de absorção do pesado som da banda. Logo isso é interrompido com Before the Cataclysm e sua veloz bateria e linha de guitarra.

We Remain é quase um doom metal com linhas épicas que antecede uma das melhores do álbum, Funeral Winter. Fechando o trabalho, Septentrion, com quase sete minutos e uma letra convidando todos para viverem da melhor forma, ao seu limite.

“Ande livre, beba, viva ao máximo, enquanto esta chama queimar em meu coração, eu devo lutar pela nossa liberdade”. Com mais de 20 anos de estrada e ótimos álbuns lançados, é The Agony & Ecstasy of Watain que me prende e me faz bater cabeça em todos os lugares, recentemente. É o trabalho que não para de tocar em meu aplicativo de música.

Logo nos encontraremos ao vivo e voltarei aqui para falar sobre a apresentação da banda e
como eles soam ao vivo.

Track listing de The Agony & Ecstasy Of Watain:

01. Ecstasies in night infinite
02. The howling
03. Serimosa
04. Black cunt
05. Leper’s grace
06. Not sun nor man nor god
07. Before the cataclysm
08. We remain
09. Funeral winter
10. Septentrion

Nota 9

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