Set on End: Da Nova Zelândia para o mundo

É mais do que sabido que o heavy metal está nos quatro cantos do planeta fazendo alegria e diversão da molecada, mas há certos países que só agora estão exportando sua prata e mostrando seu poderio sonoro. A banda neozelandesa de prog metal, Set on End, se enquadra na explanação anterior, onde, apesar de turnês com nomes consagrados como Triviun e Bring me the Horizon, está de malas prontas para mostrar ao mundo seu mais novo álbum de estúdio, “The Dark Beyond”. E foi para saber mais do novo registro de estúdio, o conceito lírico do disco e o porquê da breve pausa nas atividades da banda, em 2009, que o RockBizz foi trocar ideia com o baixista, Matt Scarr. Vai lá e pega aquela taça de vinho neozelandês de primeira classe, porque a música dos caras combina com bebida de primeira.

Set on End está prestes a lançar o novo álbum de estúdio, “The Dark Beyond”. O que podemos esperar desse disco?

Matt Scarr: O objetivo sempre foi escrever músicas que fossem divertidas de tocar com elementos bem técnicos e complexos. O disco, definitivamente, tem uma tendência ao lado mais pesado da coisa. É um álbum percussivo com músicas que oscilam entre sentimentos otimistas, energéticos, sinistros e atmosféricos.

O disco explora a jornada humana como espécie e indivíduo. O que vocês querem dizer ao ouvinte com esse conceito? Podemos considerar “The Dark Beyond” um álbum conceitual?

Matt: Nós não o consideramos necessariamente um disco conceitual. Essa não era a intenção. Mas há, com toda certeza, temas e ideias em comuns sendo exploradas no álbum. Como indivíduo, cada um de nós está em sua própria jornada de vida, lutando para aprender ao máximo sobre nós mesmos.

A vontade de saber exatamente onde nós nos encaixamos nesta vasta rede de existência acaba criando conflito entre as pessoas, seus caminhos e ideais. Se nós pudermos aprender e nos sentirmos confortáveis com o desconhecido que nos rodeia e não temê-lo, então, nós podemos, talvez, evitar o que nos prende como uma única espécie. O universo nos aguarda.

O material foi produzido e mixado por Zorran Mendonsa. Como foi trabalhar com ele?

Matt: A gente conhece Zorran desde a época do nosso EP, “Means to an End”. Ele tocava guitarra no New Way Home, uma banda muito boa de Auckland (Nova Zelândia). Nós meio que sabemos de suas façanhas na área de produção e ouvimos as coisas que ele fez com outras bandas. Foi muito bom saber que um trabalho tão bom e inovador vêm do nosso país.

Nós gravamos o EP com Zorran, então trabalhar com ele em “The Dark Beyond” foi um processo muito tranquilo. A gente gastou muito tempo em cada detalhe, de modo que tudo soasse da maneira correta e se encaixassem, na mixagem, nos lugares onde nós havíamos imaginado. Acabamos com um som que nos deixou muito orgulhosos e Zorran foi o instrumento para atingir esse objetivo.

Vocês lançaram o EP “Means to an End” de forma independente, mas agora vocês acabaram de assinar com a Artery Recordings, o que é um grande passo à frente. Como você se sente quanto a essa conquista?

Matt: Todo mundo na Artery tem sido ótimo e nós sentimos que eles, realmente, dão valor ao tempo que investimos escrevendo e produzindo esse álbum. Ter o apoio de uma gravadora permite que nossa música alcance um público bem maior e de forma mais efetiva, o que não era possível de forma independente, então estamos com muitas possibilidades hoje em dia e, lógico, estamos ansiosos para o que virá.

Vocês deram um tempo em 2009 depois de lançar “Means to an End”. O que aconteceu na época? E o que você fizeram nesse ínterim?

Matt: Nós ainda tocávamos como banda depois de 2009, mas, ao mesmo tempo, estávamos escrevendo novas músicas e experimentando vários métodos de produção. Queríamos expandir além de nossas capacidades tanto em performance ao vivo quanto no estúdio, com isso passamos muito tempo trabalhando nisso. Alguns membros mudaram um pouco as coisas, mas, no final, acabou tudo dando certo.

Vocês já dividiram palco com nomes com Trivium, Whitechapel, Bring Me the Horizon e Architects. Com essas apresentações e experiências adquiridas, o que vocês puderam aprender e adicionar no dia a dia do “Set on End”?

Matt: Bandas como essas transmitem muita energia ao vivo e a conexão com público é o resultado disso. Se nós pudermos recriar a animação e sentimento de nosso álbum na performance ao vivo criando essa conexão, eu acredito que fizemos justiça ao nosso trabalho.

A experiência de excursionar mudou radicalmente em relação ao começo da banda?

Matt: Nós ainda não divulgamos esse disco na estrada, então fica difícil dizer. Mas claro que tem tudo para mudar nos próximos meses e acredito que vamos descobrir isso muito em breve.

Obrigado pela entrevista e para terminar: você poderia apresentar “Set on End” para o público brasileiro?

Matt: Olá Brasil! Nós somos o “Set on End”. Confira nosso som na arteryrecordings.com. Tchau!

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