Rio de Janeiro ainda continua metal: 6 destaques do som pesado carioca

O aniversariante de hoje é a amada/odiada cidade do Rio de Janeiro! O nosso município completa nesta sexta-feira, dia 1 de março, 459 anos. As diversas e estonteantes belezas naturais como praias, cachoeiras e florestas; os pontos turísticos que deixam os gringos boquiabertos e sem o rumo de casa e os centros culturais como museus e teatros são alguns dos atrativos da cidade.

Evidentemente que o Rio oferece muito mais diversão, cultura e atrações para quem é local e para a turma que vem de fora e está prestigiando tudo o que a metrópole tem a oferecer.

Portanto, nós não queremos bancar o guia turístico e pontuar todos os lugares que você e sua família devem visitar e apreciar, isso está pontuado até mesmo no mais genérico roteiro de viagem.

A nossa proposta, no entanto, é mostrar uma outra faceta da capital fluminense, é destacar que o Rio de Janeiro ainda continua metal, produzindo som pesado essencialmente caprichado.

Então vem com a gente em uma breve incursão ao coração do heavy metal carioca.

Dorsal Atlântica

A banda de thrash metal começou sua carreira há mais quarenta anos, quando a cena estava infestada de bossa nova, choro, samba e outros gêneros musicais. Ou seja, Carlos “Vândalo” Lopes e companhia lutaram contra a maré para impor seu som, lançar seus trabalhos de estúdio e tocar ao vivo.

A discografia é robusta e conta com os seguintes títulos: Antes do Fim (1986), Dividir e Conquistar (1988), Searching for the Light (1990), Musical Guide from Stellium (1992), Alea Jacta Est (1994), Straight (1996), 2012 (2012), Imperium (2014) e Canudos (2017).

Os caras ainda continuam na ativa, proporcionando um maravilhoso pandemônio sonoro aos cariocas e ao pessoal que queira se juntar à festa thrasher.

Dark Tower

O negócio do DT é rezar basicamente na cartilha do death metal, contudo, salpica elementos de black metal sem parcimônia alguma, o que torna sua obra musical ainda mais atraente ao ouvinte. A banda possui dois full lengths: …Of Chaos And Ascension (2013) e Eight Spears (2016), que são um prato cheio para quem curte um som direto e com profundidade lírica.

Gangrena Gasosa

Sem subestimar os outros mercados e pontos culturais, mas só o underground carioca seria capaz de tirar da cartola – ou do chapéu do Zé Pelintra – o estilo musical macumba metal.

Incorporar elementos de umbanda e religiões afro-brasileiras com heavy metal é uma receita que apenas o Gangrena Gasosa detém, e os seus shows são uma espécie de sessão de desobsessão ao som de um crossover sem firulas.

Caso o Tranca-Rua, Exu Caveira, Omolu, Zé Pelintra e a Pombagira não gelarem a sua perna, coloque a sua camiseta puída do Iron Maiden e vá curtir uma sessão de descarrego… Quer dizer, um show do Gangrena Gasosa o mais rápido possível.

Hatefulmurder

O esquema do quarteto, que já passou dos quinze anos de estrada, é pisar fundo no acelerador do death metal e devastar tudo que ousar se prostrar à sua frente. A frontwoman Angélica Burns é como uma personificação de Lilith, pois sua voz é desgraçadamente visceral e a sua performance ao vivo recheia o clima apocalíptico de forma estonteante. Ouça sem moderação!

Lacerated and Carbonized

Passar o olho no menu metálico carioca e não parar para prestigiar o Lacerated and Carbonized deveria ser um crime inafiançável. A proposta dos caras é bastante simples: death metal sem um pingo de concessão e perdão aos ouvidos alheios.

Se por ventura você é um headbanger acostumado com melodias açucaradas e refrãos felizes para todo mundo cantar junto e de mãos dadas contemplando o pôr do Sol, o som do conjunto te soará como um inferno na Terra.

Caso você esteja curtindo porradaria sonora e underground, Lacerated and Carbonized é a sua casa, portanto, entre, fique à vontade e aumente o som.

Lyria

Fundada em 2012 pela vocalista e compositora Aline Happ, a Lyria congrega seu som no symphonic metal, no entanto, possui ramificações para outras facetas sonoras, já que há traços de industrial, thrash e folk. Com isso, a música é saborosa aos ouvidos e passa longe de um pastiche de nomes como Nightwish e Within Temptation.

Se vocais melodiosos e um trampo bacana nas seis cordas estão no seu radar, Catharsis (2014) e Immersion (2018) precisam figurar em suas playlists. Não perca tempo e mergulhe com tudo no som da Lyria, já que a diversão é garantida.

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