Lita Ford quase substituiu John Paul Jones no Led Zeppelin

No começo dos anos 70, o Led Zeppelin, depois de ter colocado no mercado cinco álbuns de estúdio, se viu em uma situação complicada: O baixista John Paul Jones queria dar uma pausa das atividades da banda para passar mais tempo com sua família.

Como o show não pode parar, Robert Plant (vocal) e Jimmy Page (guitarra) cogitaram recrutar alguém para ocupar o lugar de Jones e garantir o pleno funcionamento das atividades do Led.

Pelo o que tudo indica, a guitarrista Lita Ford, que na época tinha apenas 17 anos e tocava na The Runaways, foi considerada para o trabalho.

Batendo uma papo com a revista Guitar World, Ford deu mais detalhes sobre o que aconteceu lá na década de 1970.

“Jimmy Page e Robert Plant vieram ver o nosso show; na época, a The Runaways era uma grande novidade, porque éramos adolescentes, estávamos detonando e os nossos shows estavam sempre lotados”, lembrou Ford.

“O nosso empresário, Kim Fowley, disse: ‘Ok, meninas, reúnam-se para tirar uma foto com Robert Plant e Jimmy Page’. E eu os amava! Eu cresci ouvindo o som deles. Quando aconteceu isso, eu tinha apenas 17 anos”, pontuou.

“Robert Plant disse: ‘Queremos substituir o nosso baixista, John Paul Jones’, e eu pensei: ‘Não estou ouvindo isso. Eu me recuso a acreditar que isso realmente esteja saindo da boca dele. Ele deve estar brincando, porque John Paul Jones é o Deus do baixo'”, continuou a artista.

“Mas foi isso que ele disse. E eu fui embora pensando: ‘Ah, isso foi legal. Foi gentil da parte dele me olhar assim’. Naquela época, muitas pessoas não nos viam como músicos porque éramos mulheres e jovens”, completou.

Em seu livro de memórias, Living Like a Runaway, lançado em 2016, Lita escreveu: “Eu nem tentei. Eu amo John Paul Jones. Ele é um dos meus baixistas favoritos. Eu não conseguia me imaginar substituindo ele, mas o fato de eles pensarem em uma mulher na banda deles, achei muito legal”.

No final das contas, Jones não deixou o Led Zeppelin e o quarteto acabou lançando Physical Graffiti em 1975, que é um dos maiores álbuns da discografia do grupo.

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