Led Zeppelin: 5 grandes riffs do mago das seis cordas Jimmy Page

Desde o início, do bê-a-bá do rock n’ roll, a guitarra se tornou o coração e a alma do estilo musical. O instrumento é a síntese perfeita de uma forma artística e cultural que já passou da casa de meio século de existência, contudo, mantém uma bem-vinda e estimada vitalidade, vigor e potência inerentes a juventude.

Eleger este ou aquele músico como bastião central, como estrutura medular das seis cordas é injusto e limitante, visto que há uma infinidade de players ostentando a mais pura criatividade e musicalidade no instrumento.

Entretanto, podemos apontar os nomes que ajudaram a enriquecer o rock n’ roll e a cultura da guitarra. Um deles é, sem a menor dúvida, Jimmy Page.

O mago alquimista da seis cordas começou sua carreira bem cedo, como músico de estúdio, onde conseguiu uma cobiçada desenvoltura nos mais diversos estilos musicais. Fosse do blues ao jazz, do folk ao rock, Page dava conta de qualquer ordem de serviço que chegasse até ele.

Logo, a boa fama foi reverberando na cena britânica, com isso, convites para integrar bandas foram se acumulando no dia a dia de Jimmy. Na segunda metade da década de 1960, o saudoso gênio da guitarra Jeff Beck pediu o chapéu no Yardbirds, e quem assumiu seu posto fora Page.

De forma bem sucinta, a guinada da natureza pop da banda para o blues-rock proposta por Jimmy acabou criando atrito com os outros parças de trabalho. Dessa forma, o conjunto encerrou as atividades em 1968. No mesmo ano, no entanto, Page deu vida ao New Yardbirds, grupo que pouco tempo depois se tornaria o Led Zeppelin.

No Zeppelin, o guitarrista se converteu em um dos artistas mais polivalentes e criativos de seu tempo. Da guitarra distorcida ao acústico, do bandolim ao banjo, tudo se tornou ferramenta para que sua imaginação criasse algumas das mais valiosas joias musicais do rock n’ roll.

Desta maneira, queremos destacar cinco grandes riffs do mago das seis cordas Jimmy Page, da época em que esteve no Led Zeppelin.

5 – Whole Lotta Love

Muita gente torce o nariz para os famosos powerchords, mas é inegável as suas contribuições e efeitos para o mundo do rock e metal. O riff de Whole Lotta Love, por exemplo, consiste basicamente em um powerchord E5, com ornamentos como slide e palm-muting. Simples, eficaz e clássico!

4 – Heartbreaker

Muitas das vezes, a genialidade reside em criar algo brilhante e fantástico com ferramentas básicas, com elementos ordinários. O riff de Heartbreaker segue tal cartilha, pois é a escala de A blues salpicada com alguns floreios como bend e vibrato.

3 – Black Dog

Em Black Dog, Jimmy complicou um pouquinho mais as frases, há mais notas e troca de cordas, o que exige mais precisão de quem esteja tocando a frase. Mas, depois que pega a manha do riff, é difícil desgrudar dele.

2 – Kashmir

Como dito no começo deste texto, o músico era chegado em uma alquimia musical, e este riff é um ótimo exemplo de como Page e seus camaradas gostavam de experimentar em estúdio.

A afinação de Kashmir segue o esquema DAD-GAD – há quem chame este diagrama de afinação Led Zeppelin, apesar de outros músicos como Colin Hay, Johnny Cash e Ian Anderson (Jethro Tull) o terem usado.

Embora a execução do riff não exija um nível avançado do player, a sacada de Jimmy foi misturar os ingredientes certos e nas porções precisas. Simplesmente um cientista maluco da guitarra.

1 – Communication Breakdown

Começamos com um riff simples/genial, e vamos encerrar da mesma forma! Em Communication Breakdown, a coisa toda começa com um powerchord E5 palhetado nove vezes para baixo, depois chegam com tudo os acordes de D, A D para arrematarem o tsunami sonoro. É uma das mais finas flores que a guitarra rock n’ roll já criou.

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