“Dei meu coração e alma ao Deep Purple, mas as pessoas me odiavam”, diz Steve Morse

O entra e sai de músicos no Deep Purple sempre fora uma constante na carreira do grupo britânico, o que já deixou muitos fãs espumando de raiva. Uma das mudanças que mais deixou o público rangendo os dentes fora a entrada de Steve Morse, em 1994.

Depois da saída de Ritchie Blackmore no começo dos anos 90, o virtuoso Joe Satriani ocupou o posto de guitar hero na banda, entretanto, em pouco meses, o músico viu que seria melhor dedicar seu tempo e energia aos próprios projetos.

Dessa forma, Morse chegou com a incumbência de segurar as pontas no importante posto; ao lado de Ian Paice e companhia, Steve ficou por vinte e oito anos, isto é, gravou álbuns como Purpendicular (1996), Abandon (1998), Bananas (2003), Rapture of the Deep (2005), Now What?! (2013), Infinite (2017), Whoosh! (2020) e Turning to Crime (2021).

Steve Morse concedeu uma longa entrevista ao músico e produtor Rick Beato e relembrou que os fãs o odiaram por ter assumido as linhas de guitarra no Deep Purple.

“Eu dei meu coração e alma ao Deep Purple, mas as pessoas me odiavam porque eu não era o cara original da banda. As pessoas queriam ver o cara que estava nos álbuns. Queriam que o cara original assinasse seus discos.

Mesmo as pessoas que curtiam os shows falavam que tinha sido apenas legal; falavam isso a contragosto, na verdade”.

O guitarrista completou afirmando que, apesar de todos os desafios, conseguiu impor sua marca no som e nas apresentações da banda.

“Não, eu não sou Ritchie Blackmore, não posso fazer como ele, mas improvisei as minhas próprias coisas. Acho que esse é o ponto ideal: mostrar que você se importa e que pode ser você mesmo e que pode soar de forma própria”.

A entrevista pode ser assistida na íntegra aqui:

Em julho de 2022, devido ao diagnóstico de câncer da esposa de Morse, Janine, Steve decidiu deixar oficialmente o Deep Purple para poder ficar mais perto da companheira. Desde então, o grupo segue carreira com Simon McBride.

1 comentário em ““Dei meu coração e alma ao Deep Purple, mas as pessoas me odiavam”, diz Steve Morse”

  1. Muito injusto isso com o Steve Morse. Vi o Deep Purple com ele em duas ocasiões, a primeira em 97 na turnê do Purpendicular, e na turnê de 30 anos do grupo. Nos dois shows, ele foi impecável. Ninguém substituirá Blackmore, mas Morse fez um ótimo trabalho, e pedir por Blackmore de volta ao Purple seria um retrocesso (A não ser que Blackmore estivesse afiadissimo, oque não deve estar acontecendo)

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