Confusão e trapalhada: 5 vocalistas mais controversos do rock e metal

O rock e o metal tiveram sua cota de figuras controversas ao longo dos anos. Elvis Presley foi até considerado polarizador durante o seu auge por causa de seus movimentos e danças no palco, que eram vistas como provocativas, especialmente pelos norte-americanos mais religiosos e conservadores. Um artigo publicado pela Time em 1957 chamou o músico de “sexibicionista”, por exemplo; mas os críticos não tinham ideia do que os esperavam nas décadas seguintes.

Se fôssemos compilar uma lista das figuras mais controversas do rock e do metal, ficaríamos aqui para sempre porque é uma lista interminável. Mas como o destaque da maioria das bandas é o cantor, decidimos restringir relação aos cantores mais controversos da música pesada.

Ao mencionarmos esses músicos, nós não estamos os comparando de forma alguma. Todos eles entraram nesta lista por diferentes razões, e não estamos aqui para julgar ou considerar suas ações, sejam elas boas ou más. Alguns artistas foram presos, criaram problemas muitas vezes e outros realizaram atos obscenos no palco, o que os levaram a muitas manchetes.

Portanto, sem delongas, vamos aos 5 vocalistas mais controversos do rock e metal!

Ozzy Osbourne – Black Sabbath

Ozzy Osbourne é uma lenda e prova que uma pessoa pode ser polêmica, mas ainda assim amada por todos e vista como um ídolo. Ele foi o frontman da banda creditada por criar o heavy metal, o Black Sabbath! O Madman, desde os anos 70, se meteu em muitas confusões e, claro, usou e abusou das mais diversas substâncias.

Na conta de Ozzy tem os famigerados incidentes com o pombo e morcego, a mijadinha no Álamo, cheirada numa carreira de formiga, tentativa de homicídio – o Príncipe das Trevas tentou estrangular sua esposa, Sharon – entre muitas outras loucuras. Apesar de tudo, Osbourne ainda é visto como um dos maiores ícones da música até os dias atuais.

Axl Rose – Guns N’ Roses

Axl Rose – para os íntimos William Bailey – foi outro roqueiro que começou sua delinquência ainda adolescente, quando morava em Lafayette, Indiana. Ele foi preso várias vezes nos anos que antecederam sua mudança para Los Angeles e, mesmo lá, ficou conhecido como alguém com uma atitude impetuosa que muitas vezes perdia a paciência.

O cantor se envolveu em inúmeras brigas em shows, foi acusado de estuprar uma garota de 15 anos – embora as acusações tenham sido retiradas – atrasou o Guns N’ Roses para assinar com a Geffen Records porque não conseguiu encontrar sua lente de contato, fez sexo com a namorada do baterista Steven Adler em um estúdio para adicionar os efeitos sonoros em Rocket Queen, deu um soco em David Bowie por flertar com sua namorada – e isso tudo antes do Guns se tornar um nome mundialmente reconhecido.

Depois que a banda começou a fazer shows maiores, o comportamento de Rose tornou-se cada vez mais problemático. Ele apareceu uma hora atrasado quando o Guns estava abrindo para Alice Cooper, então o resto da banda teve que fazer as honras e cantar em seu lugar.

Ele também criticou seus companheiros de banda pelo uso de drogas enquanto abria para os Rolling Stones. Ele fazia reclamações durante os shows, normalmente depois de chegar horas atrasado. E não vamos esquecer os tumultos criados em St. Louis (1991) e Montreal (1992).

As relações pessoais do vocalista eram aparentemente ainda mais tumultuadas do que seus comportamentos públicos, com sua ex-esposa Erin Everly e sua ex-noiva Stephanie Seymour acusando-o de abuso, embora ambos os casos tenham sido resolvidos fora dos tribunais.

Nos últimos anos, Rose tem se mostrado mais calmo e a maioria dos músicos que têm trabalhado com ele dizem que ele é uma pessoa muito legal. Então, talvez seus dias de confusão tenham ficado para trás.

Vince Neil – Mötley Crüe

Vince Neil alcançou a fama como vocalista do Mötley Crüe no início dos anos 80; Crüe é uma banda associada à libertinagem absoluta e até ao satanismo – principalmente por causa do álbum e canção Shout at the Devil. Dito isso, a controvérsia está na vida do cantor, desde então.

Em 1984, o vocalista foi bêbado até uma loja de bebidas para comprar mais goró com o baterista do Hanoi Rocks, Nicholas “Razzle” Dingley; Neil perdeu o controle do veículo e bateu; com o impacto, Razzle morreu na hora. Um dos ocupantes do outro veículo também sofreu danos cerebrais devido ao acidente, e o vocalista foi acusado de homicídio culposo, além de dirigir alcoolizado.

No entanto, ele praticamente não cumpriu pena de prisão. Foi condenado a 30 dias, mas cumpriu menos de 20, pagou uma fiança e prestou serviço comunitário.

O frontman não teve muitos problemas nos anos seguintes, mas foi preso sete vezes entre 2002 e 2016 por várias acusações como agressão e dirigir embriagado.

Kid Rock

Kid Rock é visto como controverso principalmente por causa de suas opiniões políticas, que são aparentemente de direita. Ironicamente, porém, um dos primeiros casos em que ele foi criticado foi quando usou uma bandeira norte-americana como poncho durante sua aparição no intervalo do Super Bowl, em 2004. Os veteranos de guerras chamaram a atitude do músico de “desrespeito flagrante e nojento pela bandeira”.

Alguns anos depois, vazaram gravações do vocalista fazendo sexo com várias mulheres em um ônibus de turnê na Flórida.

Mais tarde, foi condenado por exibir uma bandeira confederada no palco, o que ele argumentou ser uma homenagem ao Lynyrd Skynyrd, que costumava fazer o mesmo ato.

Ele fez muitos insultos homofóbicos em público e, mais recentemente, se tornou viral depois de postar um vídeo nas redes sociais atirando em algumas latas de Bud Light, depois que a empresa anunciou uma parceria com o influenciador e ativista trans Dylan Mulvaney.

Roger Waters – ex-Pink Floyd

Roger Waters tem fortes mensagens políticas e referências em sua música desde que se tornou o principal compositor do Pink Floyd, após a saída de Syd Barrett. Animals foi vagamente baseado em Animal Farm, de George Orwell, e The Wall tem referências ao fascismo, por exemplo. As críticas de Waters ao governo e às opiniões anticapitalistas não são novas, embora ele tenha sido muito criticado nos últimos anos, à medida que sua franqueza aparentemente aumentou.

O filme The Wall, lançado em 1982, retrata o personagem principal da história, Pink, como um ditador semelhante aos nazistas; Waters usa o mesmo sobretudo de couro com a braçadeira vermelha e a insígnia de martelo, durante suas apresentações ao vivo de In the Flesh, assim como Pink usou no filme.

As autoridades alemãs iniciaram uma investigação sobre o músico por usar tal traje no palco durante seu show em Berlim, porque é contra a lei alemã exibir qualquer tipo de simbolismo ou gestos relacionados aos nazistas.

Embora ele o use durante seus shows há mais de três décadas, ele recebeu muito feedback negativo na internet, especialmente porque foi acusado de ser antissemita, por conta de seu apoio à Palestina. Dois locais na Alemanha tentaram cancelar shows que ele havia agendado pelo mesmo motivo.

“Quero deixar registrado e de uma vez por todas que não sou e nunca fui antissemita e nada que alguém possa dizer ou publicar irá alterar isso”, escreveu Waters em um comunicado após a tentativa de cancelamento. “As minhas opiniões referem-se inteiramente às políticas e ações do governo israelense e não aos povos de Israel. O antissemitismo é odioso e racista e eu o condeno, juntamente com todas as formas de racismo”.

Por Lauryn Schaffner
Fonte: Loudwire

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