Billie Joe Armstrong explica por que o Green Day tem evitado fazer música política

O décimo quarto álbum de estúdio do Green Day, intitulado Saviors, está a caminho e seu primeiro single, The American Dream Is Killing Me, indicou que será o trabalho mais político do grupo em anos.

Agora, em uma nova entrevista ao 102.1 the Edge, o vocalista e guitarrista Billie Joe Armstrong confirmou que a banda finalmente se sente pronta para retornar à música política, explicando que “são necessários momentos especiais e inspirados” para escrever canções nesse sentido.

Armstrong explicou que The American Dream Is Killing Me é na verdade a música mais antiga de Saviors, já que foi escrita há vários anos, quando o Green Day ainda estava trabalhando em seu álbum anterior, Father of All Motherfuckers.

Na época, porém, a banda achou que o clima não era adequado para lançar uma música política e decidiu mantê-la até que pudessem incluí-la em um projeto mais apropriado.

“Para Father of All, não queríamos nos tornar políticos porque era muito óbvio e muito fácil fazer isso, porque tínhamos uma política tão terrível e uma divisão terrível nos Estados Unidos”, disse Armstrong, antes de refletir sobre o trabalho após seu álbum seminal de 2004, American Idiot. “Nós nos afastamos da política por um tempo… só não queríamos ser, você sabe, mais um especialista na CNN apontando o dedo”.

O músico explicou que para que uma música política funcione bem, ela deveria vir do lugar certo. “[Com] canções políticas, é preciso muito coração para fazer isso, e acho que se você fizer só porque está com raiva, então você tira o coração disso”, disse ele. “Então se torna parte daquilo de que todos estão reclamando”.

E continuou: “Desta vez, nós sentimos que era o momento perfeito para isso. São necessários momentos especiais e inspirados para fazer uma música como ‘The American Dream Is Killing Me’”.

Confira a entrevista abaixo:

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