Alto e bom som: 15 músicas dos anos 90 para curtir com o volume no talo

A música criada nos anos 90 promove sensações contraditórias, pois há materiais que soam como um bálsamo aos ouvidos, contudo existem canções e discos que mais parecem instrumentos de tortura, visto que são, na melhor das hipóteses, um desastre rítmico, melódico e harmônico.

O teor artístico e sonoro de tal década fora calcado numa maior pluralidade de sons; deixou de ser concentrado, por exemplo, no glam metal. Novas alquimias musicais ganharam vida, dessa forma, estilos como gothic metal, industrial metal, groove metal, nu metal e grunge foram impulsionados a posições de maior destaque e prestígio.

Concomitantemente, as maiores estrelas de outrora puderam, sem a pompa, hedonismo e ostentação de anos anteriores, continuar suas carreiras e tirar da cartola obras musicais relevantes que lograram êxito no implacável teste do tempo.

Então, convidamos você a vir com a gente numa breve viagem aos anos 90, com 15 músicas dando uma ligeira ideia do quão bacana foi tal década.

Pantera – Walk (1992)

O riff simples e genial de Dimebag Darrel é a força motriz da vigorosa canção! Ao vivo, é simplesmente impossível ficar parado em sua execução. Sem dúvida, Walk é um dos hinos do Pantera e uma genuína representante dos anos 90.

Alice in Chains – Man in the Box (1990)

A banda mais metal do movimento grunge nunca teve receio de incorporar solos de guitarra em suas músicas, e provou seus dotes nas seis cordas em diversas oportunidades. Man in the Box é o pacote completo de solo bacana, melodia chiclete e refrão impecável.

Faith No More – Epic (1990)

Mike Patton e companhia abalaram as estruturas da música com um mix bem sacado de metal e rap. Mike ainda salpicou o som com generosas doses de loucuras em suas performances ao vivo, diga-se. Epic é uma das muitas pérolas sonoras no repertório do quinteto norte-americano.

Korn – Freak on a Leash (1999)

Freak on a Leash, que também era conhecida como a música do clipe da bala, elevou o tom percussivo da mistura entre metal e rap. O fruto de tal mistura foi a instituição de novas nuances sonoras e, consequentemente, a criação de um novo estilo musical.

Rammstein – Du Hast (1997)

Outro nome que mexeu nas estruturas do metal foi o Rammstein! A combinação de Kraftwerk e linhas de guitarras gordurosas renderam ao grupo alemão uma perspectiva artística única. Du Hast foi o passaporte da banda a voos altíssimos.

Type O Negative – Christian Woman (1993)

O mundo seria bem menos interessante sem o talento criativo e a voz gravíssima de Peter Steele; sem contar seu senso de humor debochado e cínico. Tais atributos são facilmente perceptíveis na melodiosa, zombeteira e soturna Christian Woman.

Nirvana – Smells Like Teen Spirit (1991)

Ame ou odeie! O fato é que o Nirvana foi uma das maiores bandas de rock de todos os tempos. Atingir a marca de 30 milhões de cópias vendidas em um único álbum não é para qualquer um, não. Decerto, Smells Like Teen Spirit foi uma das grandes responsáveis pelo êxito comercial do trio de Seatle.

Rage Against the Machine – Killing in the Name (1992)

Uma pessoa que curta rock e metal e não sabe que o teor lírico da arte do RATM é calcado em protesto e contra regimes políticos está no mínimo desinformado; quiçá navegando no estilo musical errado. Bem, devaneios à parte, Killing in the Name captura completamente a intensidade e energia da banda. O som é uma ode ao ativismo!

Queensrÿche – Silent Lucidity (1990)

Silent Lucidity é o tipo de música que surge de cem em cem anos, pois os astros, planetas e lua precisam se alinhar para que tal beleza musical possa ser concebida. A canção não precisa de palavras para ser descrita; ouça e sinta sua emoção tomar os seus sentidos!

Slipknot – Wait and Bleed (1999)

A receita é simples: 9 máscaras demoníacas, doses cavalares de peso musical e pitadas de melodias; unte bem todos os ingredientes na forma do thrash metal e groove metal, coloque no forno do rap metal e deixe assar até que a esquisitice tome forma. Depois, é só saborear em alto e bom som.

AC/DC – Thunderstruck (1990)

O riff eletrizante e o refrão maciço são a alma de um dos maiores hinos do quinteto australiano! O som foi um imenso cala boca aos detratores da indústria fonográfica que proclamavam a extinção comercial do AC/DC. Tiveram que engolir a seco o poderio sonoro de Thunderstruck.

Ozzy Osbourne – Mama I’m Coming Home (1991)

O Príncipe das Trevas foi outro que calou os engravatados do mercado musical que o rotulavam como um artista velho e desgastado! O Madman, ao lado do guitarrista Zak Wylde e Lemmy Kilmister (Motörhead), deram vida a uma balada emocionante.

Sepultura – Roots Bloody Roots (1996)

Com apenas duas notas e afinação baixa, o Sepultura construiu uma música capaz de ressuscitar defunto, visto as toneladas de energia e vigor emanados do furacão sonoro de Roots Bloody Roots.

Rob Zombie – Dragula (1998)

É claro que os anos 90 precisava de um componente de terror e muitas excentricidades do gênero! Esses quesitos foram contemplados pelo mestre do horror, Rob Zombie, em seu brilhante álbum de estreia Hellbilly Deluxe: 13 Tales of Cadaverous Cavorting Inside the Spookshow International. Dragula é a coroação de uma obra maravilhosamente bizarra.

Metallica – Enter Sandman (1991)

No famoso Black Album, o Metallica ultrapassou todos os limites do rock e metal; pessoas fora da seara da música pesada curtiram o disco e o ostentaram em suas coleções. Um dos motivos para tanto sucesso foi a hipnótica canção Enter Sandman, com seu pesado e cativante riff, refrão arrasa quarteirão e solo de guitarra caprichado. Enter Sandman foi, sem dúvida, um golaço no ângulo!

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