Tempos atrás, o núcleo criativo do Iron Maiden: Steve Harris (baixo), Bruce Dickinson (vocal) e Adrian Smith (guitarra); o empresário do grupo, Rod Smallwood, e o produtor de longa data Martin Birch, profissional que assinou trabalhos como The Number of the Beast (1982), Piece of Mind (1983), Powerslave (1984), Somewhere in Time (1986) e Seventh Son of a Seventh Son (1988), concederam uma longa entrevista à revista Classic Rock e relembraram importantes momentos da carreira do Maiden.
Sobre começo dos trabalhos de The Number of the Beast, a turma expressou tais considerações:
Steve Harris: “Houve muita pressão! Nós não só tínhamos um novo vocalista, como não tínhamos nenhum material. O primeiro álbum foi como um ‘best of’ das músicas que tocávamos durante os primeiros quatro anos de banda.
O segundo álbum também continha materiais do começo, com exceção de umas quatro músicas, talvez. Quando chegamos ao terceiro álbum não tínhamos nada. Tivemos que escrever do zero. A pressão, entretanto, ajuda você a dar o seu melhor, mas você tem que passar pelo inferno para chegar lá”.
Adrian Smith: “Eu me lembro de ir até a casa de Steve; acho que ele ainda morava com a avó na época, e ele estava me apresentando a ideia de The Number Of The Beast. Eu pensei: ‘Uau. Isso é incrível. Isso é bastante diferente'”.
Martin Birch: “Quando Bruce entrou, as possibilidades para o novo álbum se abriram tremendamente. Eu simplesmente não achava que Paul fosse capaz de lidar com os vocais nas direções em que Steve queria explorar, eram direções bastante complicadas”.
Bruce Dickinson: “Foi muito bom nesse sentido, porque não me pediriam para cantar letras escritas para Paul ou músicas focadas nele. Era material novo, material totalmente fresco”.
The Number of the Beast foi lançado em março de 1982; o disco já passou a marca de quinze milhões de cópias vendidas em todo globo. O álbum é embalado por sons como Run to the Hills, Hallowed Be Thy Name e a faixa-título.
