Ter uma carreira de bases firmes na indústria fonográfica é um desafio bem grande. Muita gente precisa se equilibrar em trabalhos formais para ter dinheiro para a manutenção da própria vida e dar um gás no sonho de se tornar um músico profissional.
O baterista Aquiles Priester (W.A.S.P., Hangar, ex-Angra) foi uma dessas pessoas que precisou mergulhar no mercado de marketing para se manter e ajudar na realização de seu sonho. Em conversa com o pessoal do canal Drumtalk, o músico contou brevemente como foi a sua trajetória até se firmar na cena heavy metal.
“Eu larguei a música para valer quando eu tinha vinte e quatro anos. Eu era um baterista muito bom em relação à técnica, mas só estava tocando em bandas cover. E nessas bandas não me permitiam tocar do jeito que eu queria com bumbo duplo e tal.
Depois de ser demitido de todas as bandas e não ter mais dinheiro para ir aos ensaios, vi que aquilo não era para mim. Acabei entrando em uma grande empresa, a qual, em três anos, mudou a minha vida. Em três anos, consegui trabalhar no marketing da empresa em São Paulo, e foi aí que comecei a minha banda, Hangar.
Essa banda me trouxe de volta à bateria! Após isso, tive a chance de tocar com o Paul Di’Anno, porque tinha um cara montando uma banda para ele com músicos brasileiros. Acabamos até gravando um álbum. E nesse tempo todo, até na época dos ensaios com o Angra, eu ainda estava trabalhando na empresa. Eu fiquei lá até o começo da turnê de Rebirth, meu primeiro álbum com o Angra.
Um mês antes da turnê, eu larguei meu trabalho. Era um bom trabalho, e eu estava muito feliz com a minha posição no departamento de marketing, porque tinha liberdade para trabalhar. Mas larguei meu trabalho para tocar heavy metal. Foi um tiro no escuro, pois não sabíamos como as pessoas iriam reagir ao novo Angra, mas deu tudo certo e aqui estamos, vinte e dois anos depois”.
Assista a entrevista na íntegra aqui: