Em uma nova entrevista para o The Metal Voice, Blaze Bayley falou sobre o falecimento de Paul Di’Anno em outubro do ano passado, aos 66 anos.
Questionado sobre como reagiu inicialmente à notícia da morte de Paul, o ex-vocalista do Iron Maiden disse: “Bem, ele não estava bem de saúde da última vez que o vi e ficou preso em uma cadeira de rodas por um tempo. Mas fizemos muita coisa juntos. Fomos a muitos lugares juntos. Antes de todos os problemas com a Ucrânia, fizemos uma turnê pela Rússia. Tocamos no Sweden Rock [Festival] juntos. Fomos à Austrália e à Nova Zelândia juntos”.
“Eu não diria que não esperava, mas fiquei completamente arrasado quando [recebi] a notícia da morte de Paul”, admitiu Blaze. “Eu não achei que ele fosse embora naquela época. Simplesmente não parecia certo. Claro, era cedo demais. Ele nem deveria ter ido”.
Blaze continuou falando sobre a voz de Di’Anno: “E a voz dele, cara. Houve algumas noites em turnê em que estávamos juntos – tínhamos algumas bandas boas que as pessoas montaram para nós – e você fecha os olhos e o ouve cantando aquelas primeiras músicas do Maiden, e pensa: ‘Ele soa melhor do que no disco’. Foi incrível. Se você tivesse sorte, havia algumas vezes em que ele descansava bem e dormia bem, não estava muito estressado e simplesmente soava incrível. E ele é uma lenda. Essa é a voz que começou, aquele primeiro disco. Você nunca pode tirar isso. Aqueles dois primeiros álbuns são do Di’Anno”.
“Nos álbuns solo dele, ele também fez um trabalho fantástico. Ele fez algumas gravações ótimas. Então é trágico que ele tenha ido embora”, completou.
E finalizou: “Então, o que eu tenho feito no meu setlist [nos meus shows solo] é uma pequena homenagem, e é divertido para mim. Eu toco Wrathchild [clássico do Iron Maiden] no meu set. E é para o Paul – me faz lembrar do Paul”.
Confira a entrevista abaixo: