Como cantou o lendário frontman do AC/DC, Bon Scott, em It’s a Long Way to the Top (If You Wanna Rock ‘n’ Roll) – “É um longo caminho até o topo (se você quer rock ‘n’ roll)”, em uma tradução livre -, a estrada para chegar em uma posição confortável vivendo de música, em especial de rock, é sinuosa e cheia de obstáculos.
O vocalista Edu Falaschi (ex-Angra, ex-Almah) foi um dos poucos brasileiros que conseguiu chegar lá, mas, mesmo assim, passou sua cota de perrengue. Em conversa com o apresentador Manoel Santos, do canal Ibagenscast, o loiro lembrou os perrengues que passou na carreira.
“Fiquei dez anos no underground, que foi o período entre o Mitrium e a minha entrada no Angra, então, foram dez anos de boteco e de cantar na noite. Era toda sexta, sábado e domingo, com perrengue, som ruim e sem ganhar nada. Eu até gastava dinheiro.
E o pior! Não tinha a fama que te propícia a viver daquilo, que é o lado de quando você vira músico profissional. Músico profissional é quando ganha dinheiro. Nessa época, eu considero uma carreira profissional, mas não estava ganhando grana ainda. Estava só investindo.
Então, foram dez anos de batalha, construção de uma marca, porque o nome do artista é uma marca. Foram dez anos de conexões com vários outros artistas, revistas e gravadoras. Tudo isso faz parte da bagagem do Edu empreendedor”.
Falaschi continuou: “Além disso, foram dez anos de investimento na parte emocional. Dez anos de investimento de grana. Dez anos de noite sem dormir – dez anos fazendo shows em que você não dorme. Foram dez anos dormindo na casa de alguém, no chão e com apenas um cobertor”.
“Não tinha roadie, então, passei dez anos carregando as coisas. É uma luta. E a geração nova, que vive da internet, não têm essa experiência de viver como é ser um músico completo. O Angra foi a recompensa de todo investimento, trabalho e dedicação desses dez anos”, concluiu.
Eis a fala completa de Edu Falaschi aqui: