The Shrine: “Nós Seremos Os Aprendizes, Enquanto Eles São Os Mestres”, Diz Josh Landau

O trio californiano The Shrine, formado pelo guitarrista/vocalista Josh Landau; baixista Court Murphy e baterista Jeff Murray, passou pelo Brasil na divulgação do mais recente álbum de estúdio, Rare Breed. Em entrevista ao RockBizz, o frontman Josh Landau comentou sobre os shows em território brasileiro, as influências do rock setentista no som da banda e curiosidades sobre o grupo norte-americano

Como tem sido a turnê aqui no Brasil?

Josh Landau: Loucura! Muitos ‘stage dives’ e ‘crowdsurfing’, em São Paulo. As pessoas são loucas por rock n’ roll, que parece que estamos em Venice. É que as pessoas estão cansadas de tanto lixo que as rádios as impõem escutar, então, todo mundo está querendo uma válvula de escape.

Vocês lançaram no ano passado, via Century Media – o álbum Rare Breed. Como tem sido o feedback do álbum até o momento?

Josh: Uma garota nos contou que ela estava fazendo amor com seu namorado enquanto escutava o disco e, de repente, cortou a garganta. Aí que ela se deu conta que ela estava sonhando.

Entre Bless Off (2014) e Rare Breed (2015) há um ano de diferença. Vocês estão trazendo o conceito setentista de fazer um álbum por ano? É um padrão que será seguido de hoje em diante para os próximos discos?

Josh: Eu acordo de manhã e toco guitarra. Os riffs de guitarras ficam gritando na minha cabeça quando eu acordo. Nós já temos muito material novo, que está soando muito bem.

E por falar nos anos 70…Para os meus ouvidos, eu acredito que o conceito do The Shrine é baseado nessa década com um quê de modernidade. Você poderia nos falar um pouco mais sobre o conceito da banda?

Josh: A música que nós amamos vem, em sua maioria, dos anos 60, 70 e 80. A gente tinha um conceito de começar uma banda inspirada pela música e vida que nós amamos. Então, nós meio que jogamos o conceito pela janela e começamos uma empresa de skate. Agora, nós trabalhamos para a Wolf (empresa especializada na fabricação de skates).

Eu vejo na música de vocês um pouco do Black Sabbath, Thin Lizzy e The Who. Há alguma outra banda que contribuiu para a modelagem do som do The Shrine?

Josh: Black Flag, Hendrix, Blue Cheer, The Ramones, Iron Maiden, Rolling Stones e Slayer.

Outra coisa bacana que vocês trouxeram dos anos 70, que a maioria das bandas dos dias de hoje não prestam tanta atenção, são os singles, compilações e EP’s. Em sua opinião, o quão importante é trabalhar com ferramentas tão boas como essas?

Josh: Todos nós somos colecionadores de discos e obsessivos por vinis. Não é só o som que é melhor, mas o design, capas, disposição das letras e os encartes. Coisa bacana que não existe mais.

Da década de setenta até agora, quais bandas você escolheria para representar cada década?

Josh: Dos anos 70, Sabbath; 80, Black Flag e 90, Nirvana.

Em setembro vocês vão tocar com o Black Sabbath (na edição do Ozzfest). Quais as expectativas de tocar com lendária banda britânica?

Josh: Nós seremos os aprendizes, enquanto eles são os mestres.

Como tem sido esses quase dez anos de The Shrine?

Josh: Muito louco! Parece que nós estamos começando agora! Cada música, camiseta e turnê ainda dá a impressão que estamos começando.

Qual a coisa mais estranha que um fã deu para vocês em turnê?

Josh: Um cachorro

O que a gente encontraria no seu camarim dos sonhos?

Josh: Um Ford Mustang 1966

Quando vocês caem na estrada, o que você jamais pode esquecer?

Josh: Minha guitarra e skate.

Qual a melhor e pior coisa de estar em turnê?

Josh: Los Angeles é um lugar muito legal, agora! É muito bom estar em casa, sair com os amigos, dirigir pela cidade e sair para andar de skate com irmão mais novo em piscinas vazias.

Qual o segredo de manter uma banda na estrada?

Josh: Aceitar insanidade!

Quais os planos para o future?

Josh: Fazer um novo álbum esse ano.

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