Paul McCartney – A Maestria do Rock em Pessoa

Se alguém perguntasse ou pesquisassem, antes da década de 1960, sobre a cidade de Liverpool/Inglaterra, constataria que o lugar tinha seu valor histórico por abrigar um bom comércio e ser, de certa forma, um lugar estratégico para entrada e saída de mercadorias, o que favorecia, e muito, a saúde econômica da Inglaterra, além disso, a informação que pode constar é que a cidade fora uma das que mais sofreu com o bombardeio alemão na segunda guerra. Essas poderiam ser as maiores referências sobre a cidade.

Mas a partir da década de 1960 a cidade ganhou olhares de todo o mundo quando quatro jovens, Paul McCartney (baixo e vocal); Ringo Starr (bateria e vocal); George Harrison (guitarra e vocal) e John Lennon (vocal, guitarra e piano), tiveram a audácia de formar a maior banda do planeta.

Se na época fossem feita essas tantas pesquisas de opinião que pipocam hoje em dia perguntando se existisse alguma chance de alguém da cidade de Liverpool com o poder de mudar a curso da música contemporânea, com certeza uma saraivada de risadas não muito amistosas e uma boa salpicada de palavrões iriam apontar na tal pesquisa.

Pois bem, a tal pesquisa não foi feita, assim espero, e os quatro rapazes não sabendo que era impossível foram lá e fizeram. E fizeram muito bem feito, diga-se. The Beatles foi o nome dado à peça que mudaria a história da música, e porque não, um pouco da história do mundo.

Foram incontáveis sucessos; concertos para imensidões de fãs que os olhos perdiam até vista; filmes; aparições nos principais programas de TV e uma discografia que ainda hoje pode se envaidecer de soar atual e com o frescor de uma obra recém lançada.

E como tudo que é bom insiste em acabar rápido, o sonho acabou na década seguinte quando os quatros, já não tão jovens assim, de Liverpool resolveram cuidar cada um de suas respectivas carreiras, findando um dos maiores marcos da história da música, The Beatles.

Depois da dissolução da banda cada integrante apontou para o caminho que melhor lhe representasse, uns tiveram mais sucesso que outros, ou melhor, uns tiveram mais destaque que outros, porque todos já estavam há anos luz da necessidade de se fazer sucesso.

Mas chega ser infame não citar o quão feliz foi Sir Paul McCartney em sua empreitada solo, que já dura os invejáveis quarenta anos de bons serviços prestados a favor da música.

E é nessa batuta de espalhar com maestria a ótima música pelo mundo que o ex-Beatle tem lotado estádios e arenas por onde quer que passe, e é lógico que no Brasil não foi diferente com as três datas da turnê Up and Coming.

Com a vitalidade e o brilho nos olhos de um garoto que tem o mundo de oportunidades pela frente, Paul conduz as quase três horas, isso mesmo que você leu caro leitor, quase três horas de show com maestria e a elegância que só um lorde inglês como Sir McCartney tem privilégio de ter.

Misturando clássicos imortalizados dos Beatles e de sua carreira solo o já vovô do rock tem ensinado muito marmanjo aspirante a rock star como é que faz a coisa. E acredite amigo, o negócio não é tão simples assim, não. Isso é para poucos. Poucos como Paul McCartney que pode, sim, dizer como a banda toca.

E é dizendo como a banda toca; lotando estádios e com mais de meio século de serviços prestados ao rock ‘n’ roll que esse senhor inglês segue sua vida. Vida longa a ele e aos seus serviços prestados à boa música.

Por Marcelo Prudente

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