Novas Espécies De Aranhas São Batizadas Com Nomes De Astros Do Rock E Metal

Quatro espécies de aranhas receberam nomes científicos baseados em
artistas de grandes bandas do rock e do heavy metal. A bióloga e grande
apreciadora do gênero musical, Cristina Anne Rheims, quis homenagear o vocalista das bandas brasileiras Viper, Angra e Shaman, Andre Matos (falecido no último dia 08 de junho), o vocalista da banda inglesa Iron Maiden, Bruce Dickinson, o vocalista da banda alemã Scorpions, Klaus Meine, e o baterista da banda inglesa Def Leppard, Rick Allen. Iron Maiden e Scorpions vão se apresentar no próximo dia 04 de outubro na edição deste ano do Rock in Rio.

Descritas e publicadas na revista científica Zootaxa na última segunda-
feira (23), as espécies foram descobertas em matas de São Paulo, Minas
Gerais e Espírito Santo e são todas pertencentes à família Sparassidae e do novo gênero Extraordinarius, criado também pela pesquisadora. Elas medem entre 1cm e 2cm de comprimento, possuem hábitos noturnos e não oferecem perigo ao ser humano.

De acordo com as regras de taxonomia (nomenclatura científica dos
seres vivos), as nomeações são Extraordinarius andrematosi, Extraordinarius brucedickinsoni, Extraordinarius klausmeinei e Extraordinarius rickalleni. “Os nomes dessas espécies são em homenagem a pessoas que de alguma forma são extraordinárias no meu ponto de vista”, explica Cristina.

Para a bióloga, a história destes artistas é digna de homenagem. “O
Andre era uma pessoa extraordinária, era músico, maestro, compositor e tocava piano. O Bruce é vocalista de uma das maiores bandas de heavy metal do mundo, ele pilota o próprio avião e é empreendedor. O Klaus é vocalista de uma banda que eu adoro, e o Rick é um baterista que perdeu um braço ao sofrer um acidente de carro. Ele então adaptou o instrumento que tocava para os shows. Isso para mim é um exemplo de superação”, ressalta.

As novas aranhas estão descritas no artigo “Extraordinarius gen. nov., a new genus of Sparianthinae spiders (Araneae: Sparassidae) from southeastern Brazil” e a pesquisa contou com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

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