Energia do rock holandês

Europa

O continente Europeu – já chamado de Velho Mundo – possui uma grande diversidade geográfica, demográfica, étnica e cultural com aproximadamente 100 línguas e dialetos correntes, uma pluralidade de religiões que vai do Cristianismo ao Judaísmo, população superior a 700 milhões de habitantes, geologia plana, o que sempre favoreceu o bom cultivo e vias de comunicação, grande hidrografia com rios e lagos, clima temperado favorável ao desenvolvimento humano, multiplicidade étnica: Germânica, Latina e Slava, a moeda corrente na maioria dos países membros da União Europeia é o euro (€).

Mas isso é apenas uma ideia geral do que é e representa o continente, visto que cada país possui sua respectiva característica cultural e história, o que torna o “Velho Mundo” uma unidade, mas com suas devidas singularidades.
Holanda
As primeiras imagens quando se fala da Holanda, são os moinhos de ventos, grandes diques, os queijos maturados e as tulipas.
Mas o país é muito mais que isso, é uma nação constituída por uma democracia parlamentar sob uma monarquia constitucional, onde uma série de leis fundamentais limita o poder do monarca. E seus limites são norte e oeste com o Mar do Norte, ao sul com a Bélgica e a leste com a Alemanha.
Seus aspectos demográficos indicam o país como um dos mais populosos do mundo, com duas línguas oficiais: neerlandês e o frísio.
Grande parte da população não segue quaisquer tipos de religião e ou igreja, alguns historiadores especulam esse fato aos acontecimentos históricos do país, onde sua guerra por independência fora intimamente ligada a conflitos religiosos, desencadeados pelo movimento reformista cristão, em que era pregada uma reforma no catolicismo.
A sua infra-estrutura moderna comporta um sistema logístico com aeroporto internacional e porto, sua culinária, além do bom queijo, possui destaque na pesca e no plantio de batata.
As principais cidades holandesas são Amsterdã, Roterdã, Haia, Utrecht e Eindhoven, que oferecem grande variedade de atrações como centros históricos, museus, teatros e ótimos restaurantes.
Tilburg
Tilburg é localizada ao sul da província de Brabante do Norte (faz fronteira ao sul com a Bélgica), tendo como municípios Berkel-Enschot, Goirle e Udenhout. A cidade é rodeada por muitas belezas naturais como Moerenburg, Loonse De Duinen e Drunense, Campina e Utrecht De.
O clima, como quase em toda Holanda, segue característica de ser oceânico, tendendo a temperaturas moderadamente frias e com os verões comparativamente frios.
A cidade é tida como modelo no sistema intercultural, onde há a maximização das vantagens decorrentes das atividades culturais, fomentando grande oportunidade de aprendizagem e desenvolvimento.
Além disso, a cidade possui ótimas opções de entretenimento, são inúmeros os festivais de música, dentre eles: Stranger Than Paranoia, LowLands, Pinkpop e ZXZW, e o excelente museu de arte moderna – De Pont Fundation.
Goirle
É um dos municípios da cidade de Tilburg, com população pouco mais de 22.000 habitantes, mas não é por suas peculiaridades demográficas, socioculturais ou densidade populacional que o município tem notoriedade, mas por ser a cidade-natal da cantora, compositora e letristas, Floor Jansen.
Floor Jansen
A vocalista Floor Jansen é a primogênita da família Jansen, sua irmã se chama Irene Jansen, a moça teve uma infância e educação tida na sociedade como “normal”, com oportunidade de ter bons estudos, carinho, atenção e limites, com o passar dos anos a menina se tornou uma mulher com o incrível 1,81 de altura, mas sempre com a mesma graciosidade e delicadeza da menina que fora no passado.
Sua carreira começou precocemente no ano de 1995, aos 14 anos de idade, quando estreou nos palcos, como artistas amadora, o musical “Joseph and the Amazing Technicolor Dreamcoat”, obra escritas por Andrew Lloyd Webber compositor e produtor musical e autor de grandes peças estreladas na Broadway e, Tim Rice, letrista inglês, dramaturgo e apresentador de rádio, conhecido também por sua parceria com Andrew L. Webber, em peças como “Evita” e “Jesus Christ Superstar”.
Em 1996, aos 15 anos de idade, a vocalista começou a dar forma do que viria a ser uma carreira profissional sólida e promissora, época em que começou assistir aulas e estudar inúmeros instrumentos musicais como flauta, piano e guitarra.
No ano de 1997, já com firme propósito de se tornar musicista profissional e viver inteiramente da arte que mais apreciava, a bela jovem foi convidada a integrar, como backing vocal, a banda de “death metal” – “Apocalypse” , cuja temática e dinâmica era bem mais agressiva e crua do que viria a se moldar anos depois.
A “Apocalypse” era integrada pelos músicos: Mark Jansen (guitarra), Sander Gommans (guitarra), Luuk van Gerven (baixo), Joep Beckers (bateria) e Jack Driessen (teclados).
Seu primeiro contato com a banda foi por intermédio de amigo em comum entre Floor e os guitarristas Sander e Mark, sendo que a proposta inicial era de ter apenas uma backing vocals, mas após ouvirem a voz da jovem cantora os planos foram imediatamente mudados, o, então, vocalista da banda de “death metal” Ronnie, viu-se em um situação nada agradável, demitido, e a nova aquisição da banda “Apocalypse” fora a jovem vocalista.
Nessa mesma época a cantora tivera as primeiras lições de canto lírico e uma ideia real de como é o processo de composição de canções.
Sua entrada trouxe uma dinâmica totalmente diferenciada à banda, sua personalidade e talento foi determinante para que o projeto tomasse outro rumo, começando pela a troca de nome, o qual foi uma singela homenagem a primeira e, considerada por muitos, a maior banda de heavy metal do mundo, Black Sabbath.
O nome escolhido foi After Forever, música que integra o álbum Master of Reality, de 1971. Mas a principal mudança foi na renovação vocal, com uma forma lírica e o flerte com vocais guturais de Mark e Sander.
No ano de 1999, a vocalista já despontava como uma das maiores promessas da música pesada, sua participação na banda não se limitava a executar composições de seus parceiros, a moça mantinha uma postura pró-ativa assinando com seus companheiros de banda a autoria das música que viria a compor as ‘demos’ da banda – “Ephemeral” e “Wings of Illusion”.
Nesse mesmo ano, imbuída da vontade de ser tornar uma musicista diferenciada e multifacetada, Jansen ingressa na conceituada Rock Academy.
Rock Academy
A escola foi fundada na cidade holandesa de Tilburg, no ano de 1999, com a proposta de preparar os estudantes em diversas áreas de atuações como licenciatura musical, Interpretação, produção e gestão em música. Os cursos possuem 4 anos de duração e os estudantes são certificados em bacharelado ou licenciatura ao seu término.
Novo Milênio e Novos Desafios
Mantendo um trabalho diferenciado, a banda viu o novo século começar com inúmeros convites e proposta de gravadoras. O selo escolhido foi, Transmission Records, empresa fundada no ano de 1995, que tendia para uma atuação fora dos padrões por assinar com bandas tidas como não comerciais, e com esse preceito o selo aderiu ao nicho de bandas pesadas, lançando importantes nomes e trabalhos mundialmente reconhecidos por crítica e fãs.
A hora de lançar seu primeiro trabalho fonográfico profissional estava prestes a acontecer, e em meados do ano 2000 o álbum “Prison of Desire” é lançado com muita expectativa pela crítica especializada do país.
O disco foi gravado no estúdio Excess, localizado na cidade sulista de Roterdã, com a produção de Hans Pieters e Dennis Leidelmeijer e conta com  participação especial de Sharon Den Adel (Within Temptation), em um dueto com a senhorita Jansen, na canção “Beyond Me”.
Mesmo com pouco tempo de vivência no mundo musical, Floor já ganhava destaque não só pela sua ótima atuação vocal, mas, também, por sua desenvoltura com os temas abordados em suas letras, o que já dava uma breve ideia da compositora de mão cheia que viria a ser tempos depois.
O primeiro trabalho abriu muitas portas para banda e, especificamente, para a cantora, que já se tornava uma referência de performance e vocal. Agora, o passo seguinte seria o reconhecimento mundial, e o veio com o lançamento do álbum “Decipher”, surpreendendo com uma evolução e qualidade superior ao debute, com o novo disco dosando bem o peso, melodia e atmosferas sombrias.
O ano de 2001 garantiu aos músicos a merecida oportunidade tocar no festival holandês LowLands, com os grandes nomes da cena metálica da época, e como não bastasse, o After Forever é convidado a fazer sua primeira turnê pelas Américas, a cidade escolhida foi o Cidade do México, tocando para 2.000 pessoas no festival que levava o nome de Dark Fest Festival.
Entretanto, mesmo com o sucesso da banda, no ano seguinte, o guitarrista Mark Jansen resolve deixar a banda, reformulando sua carreira musical. Nesse ínterim, a vocalista passou a ter aulas de canto lírico em um conservatório local, bem como aulas de teatro musical e ópera em paralelo aos estudos na Rock Academy.
Seguindo a já tradição de estar presente nos principais festivais da Europa, o After Forever deu o ar da graça no tradicional festival holandês, Pinkpop, sendo considerado o mais antigo festival anual do mundo, suas primeiras edições remetem aos idos dos anos 1970.
Ainda em 2002, os músicos embarcam em uma turnê com os finlandeses do Nighwish, que promovia o álbum “Century Child”, e, juntas, as bandas desbravaram os palcos de grandes festivais e clubes, aumentando cada vez mais a força e presença do público feminino nos concertos, visto que a presença das duas maiores representantes do vocal feminino, no segmento symphonic metal, estavam juntas mostrando toda força do sexo feminino. No mesmo ano, Floor Jansen fora convidada também a participar do projeto “Star One”, do multi-instrumentista Aryen Lucassen.
Em 2003, paralelamente ao seu estudo no Rock Academy, Floor participa de uma seleção, cujo prêmio, ao primeiro colocado, assegurava uma vaga no disputado conservatório holandês Music Theater. A escola segue austeros conceitos e filosofias em seu conteúdo ministrado, bem como, rigoroso processo de ingresso, sendo um número absolutamente mínimo de alunos em seu campus, tudo para garantir uma maior qualidade de ensino e um aproveitamento mais expressivo pelos estudantes.
Como era de se esperar por seu já talento e dedicação, a jovem vocalista foi classificada em primeiro lugar no concurso, ingressando no Music Theater com merecido reconhecimento.
Com isso, seus conhecimentos e técnicas aumentavam a cada dia, visto que os estudos a capacitava em várias vertentes musicais, que variavam entre erudito ao popular.
A classificação de seu vocal é soprano, caracterizado por uma grande facilidade e desenvoltura em tons altos, tendo um registro mais redondo e rico, o que possibilita a vocalista articular grande número de notas sem perder a qualidade e a entonação da canção, além disso, sua voz possui uma versatilidade incomum, possibilitando-a transitar com extrema facilidade entre postações líricas, populares e guturais.
Ainda no ano de 2003, a banda lança o mini-álbum “Exordium”, sendo a prova de fogo que o After Forever passara por não contar com, Mark Jansen, um dos principais compositores.
O substituto de Mark foi o ex-Karma, Bas Mass, amigo de escola de Sander e conhecido da família Jansen, por ter tocado com a irmã caçula de Floor.
Em paralelo ao lançamento da álbum “Exordium”, a moça fez participação especial, com sua irmã, no show ‘Live on Earth’, e, posteriormente, lançado como álbum ao vivo do projeto Star One.
Antes de se graduar pela Rock Academy, Jansen, paralelamente a seu trabalho junto ao After Forever e a seus estudos musicais, tornou-se professora de canto, passando a ministrar aulas particulares individuais, cursos e workshops, sobre técnica e interpretação vocais, além de conteúdo sobre o processo de composição musical e escrita de letras.
No ano seguinte é aguardado com muita expectativa o novo álbum da banda holandesa, mais uma vez sob a produção dos experientes Hans Pieters e Dennis Leidelmeijer, o disco conceitual recebe o título de “Invisible Circles”.
No mesmo ano, a banda sofre mais uma mudança em sua formação quando da saída do tecladista, Lando van Gils, cedendoo o posto a Joost van den Broek (ex- Sun Caged e Star One).
Com os frutos angariados do álbum “Invisible Circles”, a banda é convidada, mais uma vez, a tocar no festival Pinkpop, dividindo o palco com Kaizers Orquestra, T. Raumschimiere & Band, Audio Bullys e Dave Clark Live. Na mesma edição, o festival contou com nomes da cena rock & pop tais como HIM, The Pixies, Black Eyed Peas, Franz Ferdinand, JET e The Rasmus.
Em 2005, a banda lança o disco “Remagine”, o título do álbum é a combinação das palavras “Reflection” e “Imagination”, que segundo a própria Floor é um passo à frente na carreira da banda, com menção a todas as características do After Forever.
O álbum foi produzido, mais uma vez, por Hans Pieters e, com o recém chegado à banda, Joost van den Broek, e com gravação em diferentes estúdios – Excess Studio (Holanda) e Gate Studio (Alemanha), esse último sob o comando de Sascha Peath.
A primeira turnê sul americana foi promovendo o álbum “Remagine”, o giro contou com 4 datas no Brasil e outras 6 datas divididas entre: Argentina, Colômbia, Chile e México, consagrando de vez a popularidade da banda abaixo da linha do Equador.
No dia 03 de Março de 2006, a banda rompe com a gravadora que havia lhes dado o primeiro contrato, por não conseguir comportar a demanda de atenção e promoção que o AF necessitava. Sendo assim, o novo contrato foi assinado com a major Nuclear Blast Records para representá-los mundialmente.
Nesse mesmo ano, foi marcada a segunda passagem da banda no Brasil, tocando na segunda edição do festival Live & Louder, na cidade de São Paulo – a turnê seguiu ainda por Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Brasília.
A estreia na nova gravadora é no mês de abril de 2007, com lançamento do álbum homônimo à banda, sendo um mix de todos os elementos de trabalhos anteriores. O disco há a energia de “Prison Of Desire”, melancolia de “Decipher”, a abordagem progressiva de “Invisible Circles” e os elementos mais acessíveis e contidos de “Remagine”. A produção ficou a cargo de Gordon Groothedde e as participações especiais ficaram por conta de Doro Pesch, Jeff Waters e Amanda Somerville.
Em 2008, as coisas já não foram tão boas quantos os anos anteriores, no mês de Janeiro a banda emite uma nota onde era hora de dar uma pausa em suas atividades, o guitarrista, Sander Gomans, estava lidando com alguns problemas de saúde, sendo assim, a pausa foi dada para que houvesse a resoluções das questões pessoais dos músicos.
Mesmo com a pausa dada por sua banda, a vocalista seguiu se apresentando como artista convidada em vários outros projetos e shows, emprestando voz a outros grandes nomes do heavy metal mundial, como a versão da canção “Celebrate”, do EP “Celebrate – The Night of the Warlock”, homenagem a rainha do metal, Doro Pesch.
A cantora ainda deu ar da graça nos shows, Chistmas Metal Symphony, executando músicas do After Forever e na apresentação, Games in Concert, onde são interpretadas canções de jogos de video gama. A vocalista também ganhou destaque em sua participação nos álbuns 01011001, como a personagem”Ω” e no EP, “Elected”, ambos do projeto Ayreon.
Depois de 14 anos de atividades, turnês nos quatro cantos do mundo e presença marcante nos principais festivais mundiais, no dia 05 de Fevereiro de 2009 a banda After Forever emite em caráter oficial uma nota, em que era anunciado o fim das atividades. No comunicado, os integrantes agradeciam o apoio dos fãs mundo afora, e encerram a nota informando que cada integrante iria seguir seu próprio caminho, explorando a música com sua própria percepção e sentimento.
Revamp e Nightwish
Depois de anunciado o fim de sua antiga banda, a vocalista anuncia, no dia de 16 de Junho, via MySpace, que começara a trabalhar em novos projetos, o primeiro a ter movimentação na mídia, foi um possível trabalho com o guitarrista norueguês, Jørn Viggo Lofstad  (Pagan’s Mind), que até onde se sabe não há registro oficial dos prosseguimentos da parceria.
Em 17 de Outubro de 2009, durante a sétima edição do festival belga Metal Female Voices Fest, onde se juntou a banda Epica, é anunciada o nome de sua nova banda, ReVamp.
A nova empreitada da vocalista conta com dois registros de estúdio, Revamp (2010) e Wild Card (2013). Mas o próximo passo de sua carreira seria, talvez, o maior quando da decisão de se tornar musicista, e tal passo veio sob convite de encarar as datas restantes da turnê Imagenaerum World Tour, da banda Nightwish, visto que a cantora, Anette Olzon, fora deposta do cargo.
Com o desempenho acima das melhores expectativas, e mais, com a aprovação dos fãs da banda finlandesa, Floor é promovida a integrante fixo, e sem delongas encarou o estúdio com os finlandeses, dando vida ao disco “Endless Forms Most Beautiful (2015)”.
A vocalista segue em divulgação mundial de “EFMB”, levando a cada apresentação seu talento e mostrando que não à toa é tida como uma das melhores ‘frontwoman’ do mundo.

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